Por Elisiê Peixoto
“Tornamo-nos solidários, doadores, emotivos, verdadeiros. Estivemos todos na mesma embarcação, enfrentando as mesmas ondas gigantes. Nosso barco ainda está no mar e continuaremos remando até o porto seguro. É tudo o que almejamos para o novo ano.”
Final de 2020. O ano em que tudo parou fará parte da história do mundo e nunca será esquecido. Uma história contada, recontada às atuais gerações de “colo”, alheias a um ano no qual um vírus que surgiu em um país asiático nos colocou amedrontados dentro de casa. Um único vírus espalhou medo em bilhões de pessoas. Começou tão distante e foi derrubando fronteiras, atravessando o planeta sem escolher crença, sexo, raça.
Sobrevivemos “meio capengas”, entre mortos e feridos. Sobrevivemos com o coração doído, partido ao meio, somos protagonistas dessa história triste, mas ainda assim, sobrevivemos. E não me refiro apenas à vida, mas sobrevivemos às perdas em todas as áreas; físicas, emocionais, financeiras, e por aí afora. Sobreviver também é erguer a cabeça, enfrentar medos, levantar-se e enxugar lágrimas. E sorrir pelas vitórias daqueles que deixaram leitos de hospitais e voltaram para as suas famílias e lares. A cada cura um alívio, um agradecimento a Deus. Costumo dizer que permaneci nove meses no colo de Deus.
Tornamo-nos solidários, doadores, emotivos, verdadeiros. Estivemos todos na mesma embarcação, enfrentando as mesmas ondas gigantes. Nosso barco ainda está no mar e continuaremos remando até o porto seguro. É tudo o que almejamos para o novo ano.
Fica a experiência de que somos melhores do que imaginávamos porque, apesar de enxergar atônitos um planeta que chorou conosco, fomos fortalecidos na fé e aprendemos uma dura lição: ninguém sairá igual de 2020! Somos vulneráveis, frágeis, nem dinheiro e poder conquistam determinadas coisas, o caos que vivemos despertou emoções que sequer imaginávamos ter. Trouxe à tona o valor absoluto da família e amigos. O isolamento nos fez repensar e desfrutar de uma companhia que desconhecíamos: a nossa própria.
A Covid-19 tratou a todos de forma igual. Assim como nós deveríamos nos tratar. As diferenças sempre deverão ser respeitadas mesmo na discordância. O Coronavírus nos revelou isso também, devemos ter mais respeito, empatia, tolerância e amor pelas pessoas porque no fundo, somos frágeis iguais. Precisamos uns dos outros. Afinal, a lição nos escancarou a necessidade do respeito ao próximo para o vírus não disseminar.
A história do nosso livro continua a ser contada. Mesmo com ponto e vírgula. Desejo que em 2021 sejamos protagonistas de capítulos felizes. E que o passado permaneça no lugar que lhe é devido: lá atrás. Vez ou outra lembraremos desses meses difíceis para entender que a vida surpreende, dá rasteira, iguala, tira, acrescenta. Mas, acima de tudo, ensina.
Deus abençoe muito a vida de vocês em 2021. Feliz Ano Novo!
Rozângela diz
Belo texto, essa foi nossa realidade mesmo,somos sobreviventes com esperança que 2021 será diferentes e seremos mais felizes e livres.
Cláudia Capistrano diz
Lindo, profundo e verdadeiro amiga, assim como vc. Feliz novo ano!!! Deus te guarde sempre!!! Sdd…
Elisiê Peixoto diz
Obrigada querida!
Wagner Donadio de Souza diz
Muito bom minha amiga querida. Sobrevivermos e estamos juntos… E vamos em frente.
Elisiê Peixoto diz
Sim, sempre juntos! Beijao
Gina diz
Belo texto, Elisiê!
Vou compartilhar!!!
Elisiê Peixoto diz
Ah!,que bom, obrigada!
Nádia Essada diz
Que linda e profunda reflexão
Elisiê Peixoto diz
Obrigada Nádia!
Sandra diz
Realidade em forma escrita!
Acertou mais uma vez, parabéns pela crônica!
Andre diz
Parabéns pela crônica !!!
Elisiê Peixoto diz
Obrigada André!
Carmen Kley diz
Parabéns pelo belo texto, Elisiê. Nunca pare de escrever. Que seja leve, 2021!
Elisiê Peixoto diz
Obrigada amiga!