Por Elisiê Peixoto
A casa da gente retrata a nossa história de vida. A nossa intimidade está refletida em tudo. Minha mãe costumava dizer que se conhecia uma pessoa pela forma que ela cuida da própria casa. Eu também acho.
Se tem uma coisa que me dá prazer é receber as pessoas na minha casa. Herdei isso da minha mãe, que era incansável quando se falava em comemorações. Ela começava a preparar tudo dois dias antes, separar a louça, talheres, taças, comprar flores, selecionar música. Dizia que, depois que entrava na cozinha, dedicava-se apenas a cozinhar. O resto tinha que estar pronto. E o que eu achava sensacional é que, com tudo preparado com antecedência, ela se fechava no quarto para descansar por duas horas. E saía pronta, linda e perfumada, com aquela cara de quem não tinha feito nada. Era exatamente esse o ritual. Trabalhava um tanto para receber os convidados e, quando recebia, estava impecável.
Na verdade, não incomodar é uma arte e receber bem é um dom. Você nasceu ou não para isso. Você gosta ou não gosta. Mas eu confesso não entender as pessoas que não gostam de receber ninguém ou que simplesmente não retribuem uma gentileza. Até porque receber bem não significa necessariamente usar prata e cristal ou porcelana Limoges.
Abrir a casa para os amigos pode ser para uma pizza pronta e uma garrafa de vinho. Mais nada. Isso gera carinho, respeito, atenção, cumplicidade, motivos para selar uma amizade. Abrir a porta da sua casa para as pessoas é sinal de que você as deseja, respeita e gosta. Por isso, quando sou convidada, faço questão de mostrar o meu agradecimento. A casa da gente retrata a nossa história de vida. A nossa intimidade está refletida em tudo. Minha mãe costumava dizer que se conhecia uma pessoa pela forma que ela cuida da própria casa. Eu também acho.
Uma amiga comentou certa vez: “A Elisiê é uma pessoa que gosta de ‘agregar’”. Bom, se agregar significa juntar com o outro, unir valor, acrescentar, creio que é isso mesmo. Uma mesa farta e colorida, um bom vinho e amigos reunidos sempre alegram o meu coração. Como pode uma pessoa passar pela vida sem receber seus amigos para um café? Qual importância há no fato da sua casa ser simples ou luxuosa, se é longe ou perto, se vai servir champanhe ou um suco de laranja? Que trabalho você vai ter em servir um café?
A intenção em ter determinada pessoa com você e na sala da própria casa é o que importa. Sentir-se querido por uma pessoa e ser recebido por ela é uma sensação muito boa. Por isso, trate de valorizar quem o convida para um simples cafezinho. O principal motivo? Ela gosta de você.
Revisão: Jackson Liasch
Helo Bettoni diz
Elisie , adorei o texto !!!!😍😍😍
Sandra diz
Fui criada em um ambiente em que toda semana reunia-se familiares e amigos, para um bom bate papo, regado de muitas risadas, em volta de uma mesa, com uma refeiçao completa ou um simples café com bolo.
Mesmo com 6 filhos e trabalhado fora minha avó fazia isso com muito amor.
Gosto muito de receber pessoas na minha casa. Pois para mim receber é eternizar um nomento!
Parabéns Elisiê peixoto pelo tema raiz!
SILVIA H R LIMA diz
Que delícia de texto, a vida é simples, adoro receber meus amigos e aprendi que “MAIS VALE UMA BOA CARA QUE UMA BOA MESA”. Bjss Elisie testou esperando você para um café.
Wagner Donadio de Souza diz
Gosto tanto de ser recebido por vc… que fico totalmente a vontade… como estivesse na minha casa… relaxo… e curto muito!!!
O texto é bem claro… e realmente diz muito sobre a pessoa… um texto feliz na conclusão.