Por Claudia Costa
Armando, Pepe, Flávio e Deise são profissionais de áreas diferentes, mas que têm algo em comum. Escolheram como lazer praticar esportes radicais que testam seus limites físicos e psicológicos e elevam a liberação de adrenalina. Eles amam aventuras, por isso buscaram nas atividades o prazer de sentir a emoção da superação.
Quem vê no dia a dia o empresário carioca Armando Alvarenga do Amaral, 57 anos, casado, sócio em uma empresa de TI e segurança eletrônica, não imagina que nas horas vagas ele pratica voo de parapente. Ele diz que a aventura, as amizades e as viagens são alguns dos motivos que o levaram a praticar essa atividade. “Usamos diversas rampas do Rio de Janeiro, com mais frequência no parque da cidade de Niterói e em Maricá. As viagens com os amigos são bônus à prática do esporte”, salienta ele, que é pai de dois filhos. O mais jovem, de 16 anos, já está sendo treinado para voar, mas o mais velho não gosta de esportes radicais.
Segundo Armando, embora ele não se coloque em situações de risco no voo, decolar de qualquer local sempre gera apreensão e adrenalina. “A sensação de superar os medos e de companheirismo é impagável, indescritível e só conhece quem voa”, salienta. O empresário explica que a atividade ampliou as amizades e que a família não se preocupa com sua segurança. “Minha esposa e meus filhos sabem que não me coloco em situações de risco, ou seja, se as condições de voo não estiverem apropriadas, eu não decolo.” Armando conta que teve poucos contratempos na prática do esporte. “Já fiz alguns pousos em áreas alagadas e com certa dificuldade para sair do local.”

Armando também já saltou de paraquedas, mas não tem mais praticado esse esporte. Para voar de parapente, ele fez curso básico, que custou aproximadamente R$ 3,5 mil, e teve que comprar o velame, que custa entre 8 e 12 mil reais (equipamento para iniciantes), além de um paraquedas reserva que custa cerca de R$ 2 mil. Esses são os custos iniciais e, conforme vai mudando de categoria, os valores vão aumentando. Ele explica que, apesar de não ser obrigatório, sempre é bom estar vinculado a algum clube. A anuidade é de R$ 100 para piloto de voo solo e R$ 200 para voo duplo. Também é opcional estar vinculado à Confederação e à Federação de voo livre (anuidade de R$ 100).
O influenciador digital Pepe Fiamoncini, 29 anos, solteiro, pratica vários esportes radicais, como rapel, montanhismo, base jumping, mergulho, paraquedismo e, principalmente, a escalada. “Busquei esse esporte pois é um dos únicos que me desafiam física e psicologicamente. Pratico a escalada desde que me mudei para o Rio de Janeiro há cinco anos. Já escalei várias montanhas pelo mundo”, explica ele, dizendo que a Cidade Maravilhosa é privilegiada para a prática da atividade. “Existem rochas para se escalar no meio da cidade e nos arredores do Estado, favorecendo o acesso a esse esporte. É possível escalar de manhã, voltar para casa, tomar banho e ir trabalhar normalmente. Os principais pontos de escalada no Rio de Janeiro são o Morro da Urca, o Pão de Açúcar e a Babilônia.” Ele conta que já teve alguns imprevistos durante a escalada, como quedas, falta de equipamentos, ombro deslocado e até resgate. Entretanto, essas situações não o fizeram desistir de escalar semanalmente.
Segundo o influenciador digital, sua mãe Sheila Sani se preocupa por causa da sua paixão por esportes radicais. “Minha mãe diz a famosa frase ‘meu Jesus!’. Como sempre faço esportes de risco, ela já está acostumada e me diz que, se for fazer, que o faça com prudência e responsabilidade.”

Pepe já escalou o Pico da Bandeira (é o terceiro ponto mais alto do País, com 2.891,32 metros). Ele salienta que os riscos controlados são bons de sentir: “Dão uma sensação de prazer e superação. Eu me sinto vivo e atento a tudo que acontece ao meu redor e responsável pela minha vida. A proximidade com a morte faz com que nos tornemos mais vivos e humanos”, salienta ele, explicando que este esporte dificilmente se pratica sozinho. “A comunidade da escalada tem uma cultura única.”
Para praticar escalada, alguns equipamentos são essenciais, como sapatilha, capacete, cordas, mosquetões e cadeirinha. Com R$ 1,5 mil é possível iniciar no esporte. “Eu gasto mais na manutenção dos equipamentos e no deslocamento para outros pontos de escalada. Varia de acordo com a frequência de viagens. Acabo de voltar da Bolívia e, durante um mês escalando, gastei R$ 5 mil.”

O engenheiro agrícola Flávio Oliveira da Costa, 48 anos, solteiro, morador de Paranaíba (MS), adora andar de caiaque. Segundo ele, o esporte oferece diferentes emoções, podendo ser radical quando se desce um rio com corredeiras e cachoeiras, e também de relaxamento quando usado para descansar e curtir a natureza. Para ele, outros bons motivos para a prática do caiaque são: os equipamentos são fáceis de transportar, pois qualquer carro com um bagageiro de teto pode levá-los, facilita o acesso a lugares que por terra é difícil e por água é tranquilo de fazê-lo e é um esporte que facilita novas amizades.
Flávio anda de caiaque há 20 anos, e pelo menos quatro vezes por mês ele se desloca na região onde mora para praticar a atividade. “Esse esporte favorece a socialização e as amizades. Ando de caiaque nos rios do município de Paranaíba (Rio Paranaíba, Rio Santana e Ribeirão Barreiro).”
O engenheiro agrícola já teve que enfrentar algumas situações delicadas, “como a demora mais que a prevista para fazer um percurso em rio, quando a chegada acabou acontecendo já bem à noite e não estávamos preparados para o escuro. Também já pegamos chuva com vento no sentido contrário”, exemplifica.
Seus pais, Verceli e Waldo Costa, se preocupam com o espírito de aventura do filho. “De maneira geral o risco é baixo. A experiência traz o conhecimento de como fazer a atividade de forma segura. O risco é maior quando acontecem imprevistos”, salienta o engenheiro agrícola. Segundo ele, com aproximadamente R$ 4 mil compra-se um equipamento razoável.
A contabilista Deise Ferreira Setta, 50 anos, solteira, moradora da cidade de Mesquita (RJ), também adora um esporte radical. Segundo ela, o espírito aventureiro a levou a praticar voo livre. “A sensação é surreal”, salienta. Deise conta que já teve um pouso que fez em uma região com jacarés. Ela pratica a atividade sempre que a condição climática é favorável. “Comecei as aulas de voo livre em 2013, com o instrutor Afonso Urbieta, em Nova Iguaçu (RJ), e desde então não parei mais de voar.”

Fotos: Arquivo Pessoal
Agradecimento:
Revisão : Jackson Liasch (fone (43) 99944-4848 – e-mail: jackson.liasch@gmail.com
Adorei a matéria Claudia!!👏👏Os depoimentos são ótimos !! Muito boas as sensações q a prática do esportes desperta nas pessoas!!👌👌👌👌
Obrigado Sandra pelo apoio e incentivo. beijos
Parabéns pela matéria. 🔝👏👏👏
obrigada
Como sempre. O empresário Armando
Praticando esportes radicais e um dos meus melhores amigos . Suseso neste
Esporte , já tive a oportunidade de velo
Saltar.