Por Elisiê Peixoto
Vamos envelhecendo e mudando o foco da vida, porque já enfrentamos coisas demais. Infelizmente, há gente que está velha e continua fútil e tola, não consegue melhorar.
Assisti recentemente e novamente ao filme “Cidade dos Anjos”, que amo, desde os atores à música “Angel”, divinamente interpretada por Sarah McLachlan e com uma letra incrível de bonita. Mas o que sempre me chama a atenção no filme é que os anjos param todos os dias para admirar cada último feixe de luz e admirar a obra de Deus em cada entardecer. Algumas vezes, quando tenho tempo ou estou em casa no final do dia, gosto de ir à minha varanda e admirar aquele céu avermelhado. Sempre me dá uma certa nostalgia e também a certeza de que Deus está lá. E isso apenas reforça as convicções da minha crença.
Mas existe algo mais surpreendente quando estou olhando aquele cenário: a simplicidade da grandiosidade. Sim, porque estar lá não requer nada demais. Eu apenas preciso de tempo para abastecer meu coração com aquilo tudo. E isso podemos fazer numa praia, como os anjos do filme, em cima do telhado, na estrada, na janela, numa varanda, no mar, no deserto, em qualquer lugar do planeta, basta levantar a cabeça.
Lembrei-me disso porque a letra da música revela exatamente a necessidade de aprendermos a valorizar as coisas simples e a desfrutar das pessoas que amamos. E não nos importarmos com tantas futilidades na rotina do dia. Já não tenho tempo e paciência para muita coisa e talvez isso faça parte da maturidade. Vamos envelhecendo e mudando o foco da vida, porque já enfrentamos coisas demais. Infelizmente, há gente que está velha e continua fútil e tola, não consegue melhorar. E para essas não empresto mais os meus ouvidos para escutar quantas viagens internacionais faz por ano, quantos sapatos comprou, quais grifes usa ou quais cargos ocupa. Ninguém merece.
Se estou muito seletiva? Sim, estou cada vez mais e sinto algo libertador nisso, quando os valores mudam, quando opto em estar onde eu quero e com quem eu desejo. Gente boba que não aprecia um pôr do sol e fala de si mesma o tempo todo não faz falta, não acrescenta. Gosto dos meus amigos simples como eu, que depois de tantos anos continuam exatamente como são. As pessoas podem crescer em todos os aspectos, isso é salutar. Mas não devem perder a essência de saber admirar um pôr do sol e ver que aquilo sim tem importância. Você não precisa ser rico ou poderoso para apreciar o crepúsculo. Todos podem ver igualmente. O que faz melhor é reconhecer que não somos nada perto daquele espetáculo que não precisa de um dedo nosso para acontecer.
Gostar e aprender com as coisas da vida é para os sábios. Você pode rodar o mundo, dar palestra na Sorbonne e ter um closet abarrotado de grifes, se não cumprimentar o porteiro, você é nada. Pode ocupar o cargo que for, dormir pobre e amanhecer rico, mas se gostar de contar vantagem, você continua sendo nada. Contentar-se com as coisas simples e vivê-las na sua plenitude sempre será o último grau da sabedoria. Infelizmente, aprende-se com o tempo e com a vida. Mas nunca é tarde.
Wagner Donadio diz
Essa é minha amiga. meus respeitos
Cintia Rocha diz
Elisiê Peixoto
Verdade amiga nossos valores mudam e muito.
Essa semana sentada no carro olhei para a lua há quanto não admirava as estrelas o luar.
O sol que nos aquece quão maravilhoso é a Obra Prima do Senhor.
Beijos
Rozangela Ortiz diz
Perfeito !!!!!!!Verdade mesmo, devemos ocupar nosso tempo com Coisas boas,gente q sabe valorizar as coisas simples da vida. Como tdo q escreve amiga Elisie mais uma vez arrasou.
Luciane diz
Maravilhoso texto Elisiê!
Cada linha expressa sentimentos mútuos no meu Viver! Parabéns 👏👏
Ana Luisa Cintra diz
Verdade… tão maravilhoso de contemplar e tão simples de enxergar! Parabens Elisie!! Como sempre, vc passa a mensagem de forma clara e perfeita!!! Bjs, Ana
Sandra Paolielo Piazzalunga diz
É minha amiga gente bôba mesmo q não enxerga a grandiosidade de um pôr do sol e não desfruta da essência das pessoas preciosas q estão a nossa volta !!! Que texto !!! 👌👌👌👏👏👏❤