“Na realidade, creio que a vida vai nos direcionando para algumas estradas menos longas, porém com menos empecilhos e mais seguras. A gente sabe onde aquele rumo vai dar, com quem irá cruzar e quais buracos devemos evitar. Eu ando assim. Antigamente, tinha dificuldade para dizer não a tudo, ia a tudo, participava de tudo, enfrentava tudo. Mas fui ficando esgotada de tudo também.”
Por Elisiê Peixoto
Dias atrás, conversando com uma amiga sobre um convite para uma inauguração que ambas recebemos, a primeira pergunta foi: “Elisiê, vai ter lugar para sentar?”. Comecei a rir e refleti: “Nossa, já estamos neste nível”, e acabei rindo muito. Depois, conversa vai, conversa vem, cheguei à conclusão que não estava a fim de ir àquele lugar também, onde, certamente, haveria pessoas que não têm nada a ver comigo. Um público que não fala a mesma língua que a minha, não tem os mesmos objetivos, valoriza coisas que eu não dou a mínima, vive na mesma bolha há 20 anos. Estou sendo radical? Sim! Hoje, programas e pessoas assim não me pegam. Se haverá lugar para sentar ou não, é o de menos.
Na realidade, creio que a vida vai nos direcionando para algumas estradas menos longas, porém com menos empecilhos e mais seguras. A gente sabe onde aquele rumo vai dar, com quem irá cruzar e quais buracos devemos evitar. Eu ando assim. Antigamente, tinha dificuldade para dizer não a tudo, ia a tudo, participava de tudo, enfrentava tudo. Mas fui ficando esgotada de tudo também.
Conversando sobre isso com o meu cardiologista, ela falou que nesta altura da vida devemos nos cercar de tudo que agrega, que soma e que rende coisas boas. Porque não temos mais tempo para lidar com situações e pessoas que agridem o coração, fisiologicamente e emocionalmente falando. Sentir-se leve deveria ser uma regra para todas as pessoas que já viveram mais da metade da vida. Depois dos 50, você admita ou não, é quando a vida começa a pesar, os sonhos já estão concretizados; outros, armazenados; e outros frustrados. Quando já passamos por muita coisa e o desejo iminente é ser feliz e tornar feliz também a vida das pessoas que nos cercam.
Depois dos 50, a vida voa. Os filhos cresceram e são adultos, os netos começam a chegar. Os problemas são outros bem diferentes. A carreira está consolidada ou se consolidando. Os amigos que estão com você vão permanecer com você. São os que ficaram. E normalmente chegamos a contá-los apenas nos dedos das mãos.
Estar onde gosto de estar e com quem gosto são a minha prioridade. Para o meu bem-estar, para a minha saúde física e mental. Não me sinto intimidada quando me forçam a algo, simplesmente ouço e não faço. Antes fazia. Não aceito ir a algum lugar apenas porque fui convidada. Antes, ia. Não tiro satisfação de algo que me acusam e não fiz. Ignoro completamente. Não discuto política, religião e futebol.
Se a gente aprendesse a fazer isso mais jovem, evitaríamos situações confrontosas, nos cercaríamos de pessoas do bem e manteríamos nosso sono e nossos sonhos. De tudo o que escrevi, uma coisa é certa: após os 50 anos, ou você torna a vida mais leve ou chegará aos 60 com os problemas de alguém com 80. Eu não quero não. Quero continuar bonita, feliz e bem resolvida.
Revisão: Jackson Liasch
Denise diz
Mto bom ! Concordo plenamente !
Grace diz
Excelente;ja ha muito tempo faço isso ,,pessoas que convivo sao amigos do coração,sem cobranças,sem mimimi!!!!
Cintia diz
Perfeito!
A vida fica leve quando nos posicionamos de acordo com o que, queremos.
Aprender a dizer não leva um tempo para quem não consegue.
Mas quando nos desprendemos tudo muda.
Ficar linda bem resolvida e saber o que quer da, vida.
Nos contagiar do bom humor e amor ser feliz.
Sandra Piazzalunga diz
Tô pra afirmar que seu seu texto é o the best !!😊😊Super me representa…em tudoo!!Parabéns por mais um texto nota dez !!!👏👏👏❤❤❤
Rozangela diz
Disse tudo, me representa esse texto, só li verdades 👏🏻👏🏻👏🏻 Texto maravilhoso.
Rozangela diz
Disse tudo,só li verdades 👏🏻👏🏻👏🏻 Texto maravilhoso.
Gislaine diz
Assino embaixo.