A tecnologia facilitou muito a vida dos consumidores, principalmente, através dos aplicativos que unem pessoas e interesses em comum. O consumidor pode ser o cliente em determinado momento e prestador de serviço (anfitrião) em outro. Além de ser mais barato que do que se hospedar em hotéis, os aplicativos como airbnb e Booking aproximam viajantes dos proprietários de casas e apartamentos.
Por Claudia Costa
Viajar a negócios ou lazer é sempre muito bom e uma das preocupações das pessoas é quanto aos custos com hospedagem. Além dos tradicionais hotéis e pousadas, um dos serviços que tem conquistado as pessoas em todo o mundo é o airbnb que tem como slogan ” Aonde quer que você vá, temos um lugar para você”. O site fornece uma plataforma de busca e reservas entre a pessoa que oferece a acomodação e o turista que busca pela locação. Abrange mais de 500 mil anúncios em mais de 35 mil cidades e 192 países. Desde sua criação em novembro de 2008 até junho de 2012, mais de 10 milhões de reservas foram agendadas via este site. Já o Booking.com é um site internacional, onde os cidadãos podem reservar acomodações para férias ou viagens. Ele está disponível em 43 idiomas, oferece aproximadamente 1,07 milhão de locais para se hospedar. Booking.com é uma divisão da Booking Holdings, anteriormente The Priceline Group.
Assim como o Uber que sofreu resistência por parte das pessoas que são contrárias a economia de compartilhamento, o airbnb ainda sofre restrições em alguns países. Por outro lado, cada vez mais as pessoas usam o serviço para se hospedar, assim como locar seus imóveis por esse aplicativo.
Cliente e anfitrião
O jovem londrinense Rodrigo Sella Kerst, 28 anos, administra alguns apartamentos da família através da empresa K&S adm.Ele co nheceu o serviço do airbnb através de propaganda e matéria da internet No momento, eles estão com dois apartamentos alugados pelo site airbnb e já preparam um terceiro e devem em breve expandir ainda mais o negócio. Segundo Rodrigo Kerst, o perfil dos clientes mudou bastante durante a pandemia de Covid19. “Antes, a maioria dos hóspedes vinham para Londrina para participar de festas, visitar parentes, participar de congressos, cursos e até mesmo para realizar provas e exames realizados na cidade. Agora, o que mais recebemos são pessoas transferidas de emprego para Londrina, à procura de uma casa fixa, empresas de outras cidades que enviam funcionários para trabalhar na cidade, pessoas que estão reformando sua casa/apto e precisam de um local para ficar enquanto a reforma acaba, além de pessoas que vêm fazer algum tipo de tratamento médico ou curso na cidade.
Rodrigo Kerst explica que desde 2017 alugam pelo airbnb os dois apartamentos que medem 71 metros quadrados, e hospedam até seis pessoas em cada um deles. Os imóveis possuem todos eletrodomésticos necessários para o hóspede realizar quaisquer tipos de atividade doméstica, como cozinhar, lavar, passar roupa, e também trabalhar de home office, oferecendo internet e TV a cabo. Ele explica que este é um mercado em crescimento mundial e que quando começaram usar o airbnb em Londrina haviam poucos imóveis disponíveis na época na cidade por este aplicativo. “Toda transação de dinheiro, reservas e propaganda é responsabilidade do próprio airbnb. A locação é realizada pelo site é coberta por um seguro que cobre quaisquer prejuízos se comprovados que foram causados pelo hóspede durante seu período de hospedagem. O site cobra uma taxa de administração sobre todas as reservas feitas, uma parte é repassada pelo hospede e outra parte pelo anfitrião.
Além de usar a plataforma como negócio, Rodrigo Kerst e a família também são clientes do airbnb. “Na maioria das viagens da nossa família procuramos sempre alugar usando os serviços deste aplicativo, pela comodidade e facilidade em alugar o imóvel”.
Ele explica que já tiveram alguns inconveniente com hospedes que alugaram seus apartamentos. “Em quatro anos alugando dois apartamentos e depois de mais de 400 reservas que passaram pelos apartamentos, tive sim alguns inconvenientes, para ser exato com uns dez grupos de pessoas. Em alguns casos, eram itens quebrados no apartamento de valor considerável, mas na maioria dos casos era o desrespeito com o horário de saída e entrada no apartamento e muita sujeira largada para trás. Em um dos casos o prejuízo deixado era de mais de mil reais, após a saída do grupo foi tirada foto de todos itens danificados pelos hospedes e repassado os custos para hospede através da plataforma digital, quando o hospede se recusa a pagar pelos itens o airbnb intervém, mas felizmente nunca chegou precisou chegar nesse ponto.
Viajando com os filhos
A professora Christine Alexandra Steffan, 47 anos, é alemã, mas mora no Brasil desde a adolescência. Ela usa sempre o serviço do Booking.com, um site internacional onde os cidadãos podem reservar acomodações para férias ou viagens.
Christine Steffan diz que sempre sentiu-se segura em usar o serviço do Booking, explicando que o acesso é simples e fácil de fazer a reserva. “Sempre fomos bem atendidos. O Booking é diferente do airbnb, pois você só paga somente quando chega no lugar. É mais barato.”, explica ela que viajou para a Alemanha duas vezes, ficando 15 dias em uma das ocasiões. A professora também viajou de férias pelo Brasil com seus três filhos (Eric, 20, Nicole, 18, e Yasmin, 8 anos), tendo como alguns dos destinos as cidades Florianópolis e Penha, em Santa Catarina.
Recepcionados com gentileza
O aposentado José Gouvea, 77 anos, conhecido por Bill, e sua esposa Rosemary Correa Mello, moradores de Curitiba, conheceram o serviço do airbnb através de amigos e familiares. Eles já usaram duas vezes o airbnb para viagens de férias ao exterior (Chile e Uruguai). Segundo o casal, foi muito fácil usar o serviço. “Entramos no site, fizemos nosso cadastro escolhemos data da viagem e cidade, escolhemos o imóvel através das fotos e comentários e avaliações de pessoas que já tinham se hospedado. Fizemos a reserva e recebemos o contato dos anfitriões com as confirmações e demais esclarecimentos de dúvidas. Bill e Rose dizem que se sentiram muito bem atendidos e seguros com o serviço oferecido pelo airbnb.
“Gostamos muito, fomos muito bem recepcionados pelos anfitriões. No Chile a anfitriã nos recebeu muito bem e com muita atenção. Teve o carinho de deixar um mapa da cidade com sugestões de passeios e melhor forma de transporte, teve inclusive a delicadeza de deixar um cartão para uso no metrô (o que foi muito útil, apenas colocamos crédito e usamos muito) e o carinho de vinho e chocolate. Também recebemos um celular local para qualquer eventualidade. Já no Uruguai fomos recebidos pelo anfitrião no aeroporto, onde nos entregou as chaves e nos orientou as melhores formas de transporte. Também muito atencioso”, relembra o casal sobre a gentileza com que foram recebidos.
Trabalho e lazer
Bruno Sanches Mariante da Silva, 34 anos, professor universitário, morador de Guarapuava (PR) conheceu o serviço do airbnb através de publicidades divulgadas nas mídias sociais. Ele usou o serviço pela primeira vez em 2019, quando foi realizar uma prova de um concurso.
O professor diz que sempre acompanha as avaliações e os comentários publicados. Sua principal preocupação era das fotos não representarem de fato o espaço que ele estava locando. Ele explica que já usou várias vezes o serviço do airbnb, tanto a trabalho como a lazer, viajando para João Pessoa, Natal, Teresina, Rio de Janeiro e Brasília, ficando em média uma semana em cada lugar.
O professor universitário diz que o aspecto financeiro é vantajoso. “Eu nunca fiquei em imóveis compartilhados, acredito que essa modalidade de locação deva valer ainda mais a pena economicamente. Quando fui para o Rio de Janeiro com mais amigos, Danilo Marques e Daniela Reis, ficamos em um apartamento de três quartos em Copacabana. Um hotel ali sairia muito caro, seria inviável. Além disso, acho que temos mais liberdade com o espaço de um apartamento e não em um quarto de hotel. Para viagens em grupo, sem dúvida, airbnb vale a pena.
O “lado negativo”, se é que se pode chamar assim, é a falta das mordomias e estrutura de serviços que se tem em um hotel, como serviço de quarto, café da manhã, etc. Uma dica sempre boa é alugar imóveis com restaurantes e supermercados próximos. Ele diz que a infraestrutura dos apartamentos que alugou eram muito boas. “Todos estavam bem equipados, até com alguns produtos básicos de alimentação (como café, açúcar etc.) e materiais de limpeza disponíveis. No Rio de Janeiro e em Natal foram minhas melhores experiências. Em Natal, eu esqueci uma cartela de remédios controlados que eu não teria como comprar novamente, pois havia necessidade de receita controlada. A anfitriã me enviou no mesmo dia pelo correio. Achei muito atencioso da parte dela”, salientando que pretende usar novamente o serviço assim que a pandemia acabar. O pagamento do serviço de locação foi sempre pelo cartão de crédito pelo aplicativo do airbnb.
- Fotos: Arquivo pessoal dos entrevistados
Mais fontes:
Site – Booking.com
Site – airbnb https://www.airbnb.com.br/
Elisiê Peixoto diz
Excelente matéria. Nunca fui adepta, mas agora irei experimentar airbnb. Valeu!!
Vitória diz
Que ótima matéria, é sempre bom nos atualizarmos para gastar menos com hospedagem e mais com os passeios, obrigada pela dica.
Celita Klepa diz
Adorei a matéria! Ainda não tive a oportunidade de viajar usando Airbnb…mas através desta matéria pude ver alguns depoimentos bem esclarecedores…. Acho que vale a pena se hospedar por esse sistema.
Nádia Moreira diz
Excelente matéria!
Ainda não tive a oportunidade de usar o Airbnb, mas não resta dúvida que vale a pena experimentar.