Silvia Helena Nogari Ramos, assistente social, com especialização em Gerontologia, descobriu um talento que vem despertando aromas, sabores, e arrancando elogios. Por razões pessoais ela não atua mais na profissão, porém, deu asas ao dom que adoça, encanta e traz colorido à qualquer comemoração! Ela trabalha com pasta americana na decoração de bolos, em especial, nesta época de Natal, na ornamentação de panetones. E nada melhor do que a própria Silvia Helena para explicar o processo da confecção desses motivos natalinos, que além de lindos, são comestíveis! Vamos conhecer o seu trabalho?
Pasta americana: processo artesanal
A Pasta Americana é uma massa a base de açúcar impalpável, glucose, gelatina e manteiga ou gordura hidrogenada. É perfeita para cobrir bolos, doces e cupcakes, pode ser saborizada e colorida como a pessoa preferir. Sabe-se que a pasta americana é amiga antiga dos grandes confeiteiros, iniciou-se nos Estados Unidos na década de 50, aprimorou-se e hoje é internacionalmente conhecida. Na verdade, foi criada como uma opção para o marzipan que, apesar de cumprir a mesma função, alterava o sabor. Desde então, é sempre admirada, saboreada e divulgada. Segundo Silvia Helena, hoje existem excelentes pastas industrializadas que são saborosas e facilitam muito o processo das decorações. “O processo da sua fabricação é meio delicado, se não for tudo muito bem dosado e bem manipulado o resultado não é satisfatório. Sempre gostei de trabalhos manuais como hobby e, em meados da década de 90, assisti a um programa culinário com uma grande profissional argentina (já falecida). Marta Balina fazia decorações de bolos com marzipan (massa a base de farinha de amêndoas, claras e açúcar) e fiquei encantada com o resultado. Arrisquei decorar um bolo para as minhas filhas que eram crianças. Elas amaram, mesmo com os defeitos de uma primeira modelagem simples. Passado algum tempo, após a perda de minha filha mais velha, resolvi fazer um bolo para o aniversário de minha filha mais nova. Assim, a cada ano, os amiguinhos dela esperavam para ver qual seria o novo tema do bolo. Dessa forma, eu fui praticando. Fiz bolos para os sobrinhos, mãe, pai, irmã e amigos. Penso que herdei da minha mãe esse dom para artes, ela foi uma grande artista em tudo que se referia a trabalhos manuais, mas principalmente, em pinturas em telas, era um dom natural, pois ela nunca fez cursos ou estudou artes. Minha mãe não chegou a ver meu aperfeiçoamento nos trabalhos, pois teve Alzheimer e faleceu em 2009. Através da internet pude conhecer grandes profissionais on line, e aprendi muito com suas dicas e técnicas”, relata.
Detalhes são importantes
Detalhista e minuciosa, Silvia Helena conta que procura prezar pelo bom acabamento nos seus trabalhos. “Tento fazer o melhor e muitas vezes refaço até ficar ao meu contento. O trabalho depende muito do tema, para mim não existe fácil e rápido, não consigo fazer algo rapidinho. Agora estamos na época dos 8acabo demorando muitas horas nesse tema. Por exemplo, se faço portas e janelinhas em pasta americana, tenho que fazer os veios da madeira, os batentes, o puxador, a floreira e as madeirinhas das janelas, se as faço abertas, penso na parte em vidro e cortinas, as guirlandas com as folhinhas e florezinhas, presentinhos e tudo mais. Quando se trata de bolo artesanal, levo dias, pois faço antecipadamente as peças da decoração em pasta americana, ou o topo em biscuit, e deixo a massa e recheios para três dias antes da entrega”, ressalta a confeiteira.
Todo cuidado é pouco
“Bolos decorados com pasta americana não são como bolos de confeitarias, é preciso uma boa massa que fique molhadinha e que resista ao peso da pasta e bons recheios que não sejam enjoativos e que não necessitem refrigeração”, explica. “Tudo isso porque o bolo coberto e finalizado tem que ficar fora do refrigerador, pois a pasta americana ao ser retirada da geladeira irá “suar” e ficará com aspecto “melado” e não acetinado como deve ser”, completa.
Passo a passo
Silvia Helena detalha o seu passo a passo artesanal e delicado: “basicamente, o meu processo de fazer um bolo artesanal decorado é assim: – Dia 1, dedicado ao preparo das massas e recheios para após estarem frios, embalá-los e guardá-los na geladeira; -Dia 2, rechear, novamente embalar e voltar para mais algumas boas horas na Após esse período já pode esculpir, se for o caso, blindar com a ganache, embalar e voltar para geladeira; -Dia 3, preferencialmente o dia da entrega, logo pela manhã retirar o bolo da geladeira, esperar pelo menos duas horas para que ele volte à temperatura ambiente. Sovar muito bem a pasta antes da aplicação e só depois disso cobrir e fazer as finalizações. Embalar para a entrega. Como pode ver é todo um esquema que deve ter as etapas respeitadas”.
Temas diversificados
Sobre os temas de decoração, a confeiteira conta que, na medida do possível, procura sempre fazer o que é solicitado. “Quando uma pessoa me pede um determinado tema, busco conversar e explicar como funciona todo o processo, para que fique tudo muito claro quanto ao que se pode ou não fazer. Em algumas ocasiões, mudam-se algumas coisas, mas, geralmente, no final dá tudo certo e a satisfação é garantida”, finaliza.
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Whatsap: 43- 99993-7715
Fernanda diz
Silvia seu trabalho é perfeito e maravilhoso!! Enche os olhos 😍 parabéns ! Bjs
Jane diz
Tenho muito orgulho do seu talento moça linda! Você é minuciosa em todos os sentidos! Querida, amável e extraordinária! Sílvia!! Parabéns!!!
MARILUCIA RICIERI diz
Silvia, parabéns pelo reconhecimento. Sua arte nos bolos e panetones é maravilhoso e extraordinário. Beijos… Uchinha
Jéssica Quiane Cesconeto Caires diz
Silviaaa, que capricho seu e que carinho que vc demonstra ter pela arte que faz!
Tenho certeza que vc já fez bem pra muitas pessoas através dos seus bolos e vai continuar fazendo!
Parabéns pelo seu trabalho!
João Batista diz
Bolos artísticos incriveis, lindos e elegantes.