Por Claudia Costa
A jovem advogada paranaense Nathalia Carvalho Lourenço Milanez, 27 anos, mora desde 2019 em Glarus, uma pequena cidade da Suíça. Desde então, ela voltou ao Brasil algumas vezes para visitar a mãe que mora em Londrina-PR, a cabeleireira Elaine Prado. Glarus é um vilarejo com 5.686 habitantes localizado no centro do país e que fala principalmente o idioma alemão. Como toda cidade pequena, o lugar não possui muitas atrações, porém, a beleza do local estabelecido em um vale no meio das montanhas já é atração suficiente: “a bela paisagem é convidativa para fazer caminhadas, trilhas, escaladas e esquiar”, explica Nathalia.
O desejo de vivenciar uma nova experiência de vida, a oportunidade de conhecer pessoas e uma cultura diferente, além do fato de aprender um novo idioma foram os principais motivos para Nathália mudar de país. Mas a jovem não está sozinha na Suíça. Ela mora com o pai, Denis Milanez, o irmão Marcos e a madrasta Thais Camargo (ex-jogadora de vôlei no Brasil). O pai, Denis, também é um ex-jogador de vôlei, que atuou em times como Banespa, Araraquara e Santo André. Denis Milanez mudou-se há 10 anos para a Suíça, onde trabalhou como atleta profissional. Há dois anos ele é técnico da Seleção Juvenil de Vôlei de Praia da Suíça.
O fato de morar com a família facilitou muito a adaptação de Nathália no país. Ela trabalha em período integral :”trabalho 100%, aqui os empregos são em porcentagem, 50% como babá em uma família com três crianças (6 meses, 2,5 anos e 5 anos) e 50% no escritório de uma rede de livrarias”, explica a jovem.
A Suíça é dividida por regiões, onde se falam basicamente três idiomas: italiano, francês e alemão. Na região onde Nathália mora, o alemão predomina: ”apesar de todos entenderem e falarem o alemão oficial, aqui em Glarus eles falam no dia a dia o suíço-alemão (um dialeto completamente diferente do idioma falado na Alemanha, que também é o alemão ensinado nas escolas). Isso dificulta bastante o aprendizado. Eu fiz aulas de alemão no Brasil antes de vir para cá, por isso tive um pouco mais de facilidade ao chegar aqui. Hoje já consigo viver normalmente e me virar com tudo, mas é um idioma muito difícil de aprender e eu estudo até hoje para melhorar. Algumas pessoas dizem que nunca se termina de estudar e aprender alemão”, salienta, explicando que o idioma foi a principal dificuldade que enfrentou no país.
A paranaense conta que a família possui alguns amigos suíços, mas que a amizade lá é muito diferente do relacionamento entre os amigos que existe no Brasil. Nas horas de lazer Nathália está sempre com a família: “quando faz calor estamos sempre na rua, em lagos, passeando, andando de bicicleta, fazendo caminhadas nas montanhas. Já no inverno, como agora, ficamos mais em casa ou, às vezes, fazemos caminhadas nas montanhas na neve também. Esquiamos ou praticamos snowboarding (surfe na neve), um esporte gostoso mas um pouco difícil de aprender. Vou fazer aulas com um professor na próxima temporada”, ressalta, explicando que para o suíço não tem tempo ruim, esteja quente ou frio, eles sempre estão praticando essas atividades.
Curiosidades de Glarus
A delegacia e a prisão ficam ao lado de uma escolinha e do parquinho, onde as crianças brincam. Quase não existe prisioneiros na cidade Suíça
Landsgemeinde- Assembleia Cantonal
A assembleia cantonal é uma das formas mais antigas de democracia direta. Praticada no passado em oito cantões da Suíça, foi abolida por razões de ordem prática em seis deles. A votação acontece em uma praça de Glarus.
A alimentação do povo suíço é rica em legumes, massas, pão e salada; come-se pouca carne. Nathalia Carvalho Lourenço Milanez afirma que a Suíça é um país muito seguro. Ela não acha que as pessoas são poucos amigáveis como se ouve dizer, mas são bem diferentes dos brasileiros pela própria cultura. Relata que convive bem com o frio que normalmente faz em Glarus, mas quando as temperaturas ficam abaixo de zero é um pouco desagradável: “às vezes, o frio queima e deixa o rosto e as mãos muito ressecadas. Se ficamos por muito tempo expostos, começamos a congelar. A vantagem é que apesar do frio fora de casa, ao entrar em qualquer lugar como lojas, transportes públicos, locais de trabalho, é sempre tudo aquecido e bem quentinho”, diz.
Nathália Milanez conhece as principais cidades da Suíça – Zurique, Berna, Basiléia, Lucerna, Genebra e Lugano: “existem muitas outras pequenas cidades que não são muito conhecidas, mas que são muito lindas”.
A jovem diz que seu plano para 2021 é continuar estudando alemão para ser aprovada e obter o diploma C1, necessário para o estrangeiro que deseja estudar na Suíça: “num futuro próximo quero estudar algo por aqui”, salienta.
Lucita Neme F Ruiz diz
Ameiiiiiii , e a propósito , é um sonho . Eu amo a neve . Que delicia estar em família em uma cidade linda , pequena , em um país fantástico . Nathália a com certeza está no caminho certo . Desejo a ela e a sua família as infinitas bençãos de Deus Gratidão Claudia pela matéria . Abraço carinhoso . Deus a abençoe e a sua família .
Lurdineia diz
Amei…lindas as paisagens.. desejo que a Nathalia sucesso em sua vida.. Que Deus esteja sempre presente em sua vida e da sua família!!! 🙏🏼🙏🏼🙏🏼