Especialista da Oncoclínicas explica por que essa abordagem médica é, acima de tudo, um cuidado com a vida
Neste Dia Mundial dos Cuidados Paliativos (11/10), o convite é para ampliar o olhar sobre o que realmente significa cuidar. Mais do que um conjunto de práticas médicas, a prática é uma filosofia de atenção à saúde que busca aliviar o sofrimento e oferecer qualidade de vida a pessoas que enfrentam doenças graves, em qualquer fase do tratamento.
“Cuidar na visão dos Cuidados Paliativos é olhar para o paciente como um todo: corpo, mente, emoções e espírito — e trabalhar para que ele se sinta o melhor possível, em qualquer fase da doença. Não é apenas sobre tratar sintomas físicos, mas sobre acolher a pessoa em sua integralidade”, explica Sarah Ananda, líder nacional da especialidade de Cuidados Paliativos da Oncoclínicas.
Cuidados que começam cedo
Um dos maiores mitos em torno dos cuidados paliativos é associá-los exclusivamente ao fim da vida. “Isso não é verdade. Precisamos desmistificar esse conceito. No cuidado paliativo, sempre há o que fazer pelo paciente, pois não existem limites para isso”, afirma a médica.
Segundo ela, o ideal é que esse acompanhamento seja iniciado logo após o diagnóstico de uma doença grave, e não apenas em estágios terminais. “Os estudos mostram que pacientes que recebem esse acompanhamento de forma precoce vivem melhor e também podem viver mais”, completa.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça esse princípio, recomendando que os cuidados paliativos sejam integrados precocemente a tratamentos como quimioterapia e radioterapia, ajudando a compreender e controlar situações clínicas estressantes.
Uma medicina que escuta e acolhe
A avaliação inicial de um paciente em uma consulta com a equipe de cuidados paliativos é feita com tempo, atenção e escuta ativa. “Buscamos conhecer quem é aquela pessoa, e não apenas a doença que ela tem. É uma conversa acolhedora, que pode envolver familiares ou cuidadores, se o paciente desejar”, detalha Sarah Ananda.
Esse cuidado é, necessariamente, multiprofissional. “Ninguém faz cuidado paliativo sozinho. É um trabalho de equipe. Médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, farmacêuticos e profissionais de apoio espiritual atuam juntos, com olhares complementares, para cuidar de todas as dimensões do ser humano.”
Controlar sintomas e restaurar o sentido
Os cuidados paliativos atuam para aliviar sintomas físicos, emocionais e espirituais.
“Fisicamente, ajudamos a controlar a dor, falta de ar, náuseas, insônia e cansaço. No campo emocional, acolhemos ansiedade, medo e tristeza. No espiritual, lidamos com questões de propósito, fé e sentido da vida, porque tudo isso faz parte do ser humano e impacta diretamente a saúde”, diz.
A abordagem pode acontecer no hospital, em ambulatórios, clínicas especializadas ou em casa, dependendo do desejo do paciente e da família. “Nosso foco é que a pessoa viva com qualidade, de forma digna, confortável e, principalmente, com sentido.”
O cuidado que também alcança a família
Para a especialista, a família é parte essencial desse processo. “Nos cuidados paliativos, entendemos o paciente e sua família como uma unidade de cuidado. Todos adoecem juntos, cada um do seu modo, e todos precisam ser acolhidos.”
O suporte envolve desde orientação prática até acolhimento emocional e espiritual durante a doença e no luto. “Oferecemos apoio porque o sofrimento não é apenas físico. É também o desafio de ver alguém que amamos doente. Nossa missão é cuidar de todos os envolvidos”, reforça.
Avanços e desafios no Brasil
No Brasil, estima-se que cerca de 625 mil pessoas precisem de cuidados paliativos. Em maio de 2024, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Cuidados Paliativos (Portaria GM/MS nº 3.681/2024), que prevê a criação de equipes multiprofissionais, a promoção de educação na área e o acesso a medicamentos e insumos essenciais.
“É um avanço importante, mas ainda temos grandes desafios, como a falta de profissionais formados, poucos serviços disponíveis e a necessidade de colocar em prática a política pública com financiamento adequado”, avalia.
Apesar dos obstáculos, ela enxerga o cenário com esperança: “Cada vez mais, vemos pacientes, famílias e profissionais entendendo o valor dos cuidados paliativos e buscando esse tipo de assistência. Com informação, educação e mobilização, vamos conseguir fazer com que esse cuidado tão humano e necessário chegue a todos que precisam”, finaliza.
A Oncoclínicas&Co, um dos principais grupos dedicados ao tratamento do câncer no Brasil, oferece um modelo hiperespecializado e inovador voltado para toda a jornada oncológica do paciente. Presente em mais de 140 unidades em 47 cidades brasileiras, a companhia reúne um corpo clínico formado por mais de 1.700 médicos especializados na linha de cuidado do paciente oncológico. Com a missão de democratizar o acesso à oncologia de excelência, realizou cerca de 693 mil tratamentos nos últimos 12 meses. Com foco em pesquisa, tecnologia e inovação, a Oncoclínicas segue padrões internacionais de alta qualidade, integrando clínicas ambulatoriais a cancer centers de alta complexidade, potencializando o tratamento com medicina de precisão e genômica. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Harvard Medical School, e mantém iniciativas globais como a Boston Lighthouse Innovation (EUA) e a participação na MedSir (Espanha). Integra ainda o índice IDIVERSA da B3, reforçando seu compromisso com a diversidade. Com o objetivo de ampliar sua missão global de vencer o câncer, a Oncoclínicas chegou à Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando sua expertise oncológica para um novo continente. Saiba mais em: www.oncoclinicas.com.
Texto: divulgação
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