O jornalista e cronista Paulo Briguet acaba de participar da terceira noite de lançamento do livro “Nossa Senhora dos Ateus”, uma coletânea de crônicas que escreveu ao longo de alguns anos. O lançamento foi em Londrina, Florianópolis, São Paulo e deve acontecer em mais cidades do país.
Por Elisiê Peixoto
O jornalista e cronista Paulo Briguet é nome reconhecido na arte de escrever, principalmente no que se refere às crônicas. Ainda criança já demonstrava sua paixão pela leitura e escrita. Criado num lar católico com os ensinamentos de dona Aracy, ele caminhou sua trajetória fortalecido pelos princípios religiosos que foram a base para a sua formação espiritual e intelectual. Mas em algum momento da estrada, Paulo optou em buscar um atalho que lhe parecia, na época, ser mais curto. Questionador, leitor voraz, bom escritor, navega com propriedade em mares tranquilos e revoltos, sempre determinado naquilo em que acredita e defende, é conservador na política, liberal em economia. Essas são as características desse paulistano que vive no Paraná há mais de 30 anos, onde fez faculdade e criou raízes. Briguet é casado com a jornalista Rosângela Vale, pai de Pedro, 11 anos. E claro, afirma ser um pé-vermelho de coração.
O atalho acabou o desvirtuando da igreja católica, mas depois de 15 anos e afirmando ser um ateu ferrenho, retornou à estrada traçada pela mãe Aracy, que resultou à convicção da fé em Deus, talvez apenas adormecida, esperando o momento certo para voltar a desabrochar. Com esse novo despertar, escrever que já era algo bom, tornou-se mais prazeroso para Briguet. Sorte dos leitores que acompanham suas crônicas cotidianas sempre recheadas de boas lembranças, emoções, com toques de humor e amor.
E depois de muitas crônicas ao longo de quase 30 anos, Paulo Briguet acaba de assinar a coletânea “Nossa Senhora dos Ateus”, com lançamentos realizados em Londrina (PR), Florianópolis (SC) e São Paulo (SP). O Ideia Delas conversou com o escritor. “As pessoas me perguntam a razão do título dessa coletânea. É porque os temas centrais das crônicas tratam-se da minha conversão, minha volta para a igreja, minha volta para a religião, para a fé católica da minha infância. Eu afirmava por muito tempo ser ateu e que não tinha religião. A maioria dos textos revela essa conversão e as crônicas que não falam diretamente, revelam uma mudança espiritual, mudança intelectual, mudança ideológica. O tema da transformação perpassa todo livro”, relata.
“Ao todo são 100 crônicas. E mais ou menos a metade escrevi recentemente. Trabalhei na Folha de Londrina como cronista de 2016 até 2020, então, metade das crônicas é desse período. Mas também têm crônicas de anos anteriores, inclusive da época em que eu trabalhei no Jornal de Londrina, que foi até 2015. O critério da seleção foi ter uma certa unidade temática. Mas tem outra questão importante. Eu acredito que a bondade, a beleza e a verdade são “três irmãs” que sempre caminham lado a lado. Infelizmente, no mundo moderno, vemos a bondade, a beleza e a verdade separadas, fragmentadas, elas perderam a integridade. As minhas crônicas resultam numa tentativa de reunificar essas “três irmãs”. O livro foi lançado em três cidades, mas gostaria de fazer em outros lugares e também relançar em Londrina, onde está meu reduto, minha vida profissional, familiar e muitos amigos. Por enquanto, aguardamos as medidas de restrições. Os lançamentos foram bastante positivos, fiquei imensamente feliz com o resultado, com a aceitação. Tive e estou recebendo feedback dos leitores e acho que tudo isso tem a ver com o caráter memorialístico dos meus textos. As pessoas se identificam também”, diz.
O escritor revela que os textos buscam tocar o coração das pessoas e quando alguém comenta sobre isso, sente-se grato e incentivado a escrever mais. “Porque a intenção é essa mesmo”, salienta. Porém, engana-se quem acha que Paulo Briguet faz apenas crônicas. Ele termina 2021 lançando a coletânea e já inicia 2022 engajado em projetos literários. “Escrevi outros livros, os quais chamo de perfis empresarias, biografias institucionais como o “Coração de Mãe, uma biografia do Colégio Mãe de Deus (2017); “A construção de um sonho”, uma biografia institucional da Construtora Plaenge, em parceria com Domingos Pellegrini (2011). E tenho me dedicado na produção de mais três livros. Trata-se de um romance intitulado “República Socialista do Brasil”, além de duas biografias; “O homem do chapéu” e “O Senhor do Engenho”.
Paulo Briguet também é editor-chefe e colunista do Jornal Brasil sem Medo e já trabalhou em vários jornais e revistas. O livro “Nossa Senhora dos Ateus” é encontrado na Livraria Curitiba que fica no Shopping Catuaí, na Livraria da Vila que fica no Shopping Aurora, ambas em Londrina. “Agora também vou colocar exemplares no Sebo Capricho, em Londrina. E quem preferir, pode adquirir comigo, caso queira um livro autografado. Sempre escrevi crônicas, cada época tem sua história e minhas experiências. A primeira coletânea foi intitulada “Diário de Mob Dik’, que escrevi com meu pai, Paulo Lourenço, isso em 1996. Depois veio o livro “Repórter das Coisas”, em 2002, e “Aos meus sete leitores”, em 2010. “Nossa Senhora de Ateus” é a quarta coletânea de crônicas. Procuro escrever como se tivesse o “coração nas mãos”, enfatiza o cronista que é autor de mais de mil crônicas, cada uma com sabor diferente e que identifica uma fase da sua vida.
Fotos: arquivo pessoal
Quem quiser adquirir o livro com Paulo Briguet, entrar em contato pelo whatsapp: 55 43 9101-1880.
Ana Luisa diz
Puxa…gostei tanto da matéria e me interessei pelo livro Elisie!!
Onde acho aqui em São Paulo? Ou é mais fácil comprar através de você?
Parabéns 👏🏼👏🏼👏🏼
Ana
Elisiê Peixoto diz
Livraria Cultura Conjunto Nacional Avenida Paulista ou com o próprio Paulo pelo fone 43 9101-1880.
Abs, Elisie
Marcelo Ferraz diz
Ótimo texto. Realmente as obras do Paulo são inspiradoras.