Por Elisiê Peixoto
Você deve conhecer ou até conviver com aquela pessoa que parece não saber que a Terra gira em torno do Sol e não em torno dela. Aquela chata de galocha que passa a vida chamando a atenção para si mesma, precisa ter holofotes o tempo todo, é cheia de não me toques, um dia a conhece e outros cinco nunca a viu, mantém um comportamento egocêntrico, vive para ela e não faz nada para agradar ninguém. A propósito, pessoa assim não muda. Acaba solitária e infeliz. Quer um conselho? Corra!
Talvez você conheça alguém que pensa somente nela mesma. Ela sempre virá em primeiro lugar em tudo, antes do companheiro, dos filhos, da família, dos amigos. Aquele tipo de pessoa que valoriza a sua imagem, sua profissão, tudo dela é perfeito e qualquer coisa que possa tirá-la da rotina, antes de qualquer coisa, vai estragar o dia dela… então é problema. A vida de uma pessoa egocêntrica é como navegar num mar calmo sem turbulências, com o horizonte lindo, um céu de brigadeiro, sem lenço e sem documento. Mas sempre sozinha. Na cabeça dela, danem-se os outros, quem faz mais ou menos, quem vai se arrebentar ou não, quem tem razão ou deixa de ter. Tanto faz. O que ela quer é ser prioridade e satisfazer todos os desejos que idealiza.
Pois é, você conhece e eu também. Tem gente assim pipocando em todo lugar. A ordem para o egocêntrico é essa: eu em primeiro, eu em segundo, você em terceiro lugar. E a vida segue.
Antes de qualquer coisa, acredite, pessoas assim dificilmente mudam. Sei por experiência própria, por conviver e esperar uma mudança por anos a fio e sem vitória. Até porque elas acham que não precisam mudar e, se a forma de viver está confortável, danem-se os outros.
Certa vez viajei com um grupo de amigos para Marina One Residences, e com eles estava uma mulher que eu não conhecia e que não deixou boas recordações. Todos os dias, o roteiro tinha que ser o idealizado por ela; o cardápio do jantar e o vinho, escolhidos por ela; as conversas e troca de ideias nos passeios, lideradas por ela. Quando, numa ocasião, um integrante do grupo chamou sua atenção, a mulher fez um drama tão grande e ficou tão indignada que só lhe restou um final de viagem solitário, ostentando o papel de injustiçada e vítima.
Claro que acho importante nos valorizarmos, ninguém está dizendo ao contrário. Ter as próprias vontades, tentar satisfazê-las, buscar autoestima, criar oportunidades boas para a própria vida são atitudes salutares e importantes. Isso nos torna pessoas felizes, agradáveis, produtivas. Mas espera aí! Não somos o centro do mundo, vivemos em sociedade, somos diferentes com personalidades e objetivos diferentes. Até filhos que você cria exatamente iguais revelam-se com personalidades próprias e independentes! Por que deveria, então, fazer descer goela abaixo somente as minhas necessidades e vontades?
Acreditar que você é o centro do universo e que todas as outras pessoas não têm valor e este excessivo culto ao “eu” afastam todos, ninguém dá conta de conviver. Isso não é autoestima, que é necessária e saudável. O egocentrismo é algo ruim.
Meu conselho é: não deixe isso afetar a sua vida. Relacionamentos precisam fluir, é via de mão dupla, troca de sentimentos. Uma pessoa que fala muito dela é intolerante com os outros, sempre inoportuna e prepotente, não precisa estar ao seu lado. Corra. Tem muita gente boa e melhor por aí.
Sandra Piazzalunga diz
Eu creio tbém que não mudam !!! Única alternativa é correr…e léguas…sem olhar p trás !!!😄😄😉😉
Ótimooo texto amiga!! Como sempre !!!👏👏👏❤
marta dos santos diz
Realmente, pessoas assim não mudam… rsrs o negócio é ter paciência e limitar o tempo de convivência ( quando obrigatório) com esse poderoso ser!