Por Claudia Costa
Ter um animal de estimação como cachorro e gato é algo comum. Porém, algumas pessoas optam por ter a companhia de pets exóticos, como aves (cacatuas, papagaios), mamíferos (ferrets/furões, hamsters) e até répteis (cobras, lagartos, tartarugas).
O médico-veterinário Marcos Shiozawa é um especialista no atendimento aos animais ditos exóticos. Ele possui mestrado em Sanidade Animal pela UEL e é professor na UNIFIL, onde ministra a disciplina “Animais Silvestres”. Segundo Shiozawa, quando uma pessoa decide ter um animal exótico deve estudar e conhecer as características e os hábitos do bicho para ver se conseguirá cuidar da espécie e oferecer o que o animal precisa. O veterinário salienta que é mais fácil o dono de um cachorro ser mordido por seu animal do que levar uma picada de uma cobra que cria. Ele salienta que a pessoa deve saber quais espécies podem ser criadas em casa e que são autorizadas pelos órgãos ambientais, sempre comprar de lojas e criadouros legalizados e nunca comprar animais contrabandeados, pois, além de ser crime, está correndo risco de trazer alguma doença para casa. Veja o vídeo com a entrevista completa ao portal IDEIA DELAS do veterinário Marcos Shiozawa.
A empresária Flávia Tanaka da Silva, solteira, é uma dessas pessoas que decidiram ter um animal exótico em casa. Ela morou muitos anos no Japão e lá conheceu o papagaio da espécie African Gray, natural do Congo, e há sete anos comprou um casal dessa espécie. “No Japão, as lojas são todas legalizadas e é muito comum esse tipo de ave como animal doméstico”, diz ela, que recebeu em Londrina (PR) os filhotes que vieram com anilha (uma argola especial de alumínio usada na marcação de aves). Um dos bichinhos nasceu na Indonésia e o outro no Congo.
Segundo Flávia, as aves Karyn (macho) e Tari (fêmea) são muito carinhosas e repetem palavras com ótima dicção. “Eles são muito carinhosos, mandam beijinhos e ficam soltos em casa. Só os prendo à noite, senão vão fazer arte, bicar as coisas”, explica ela, que diz manter todo cuidado com seus bichinhos de estimação, mantendo as janelas sempre fechadas e os levando ao veterinário quando um deles está mais tristonho ou não está falando muito.
Já Ericson Bastos, 41 anos, bacharel em direito, optou por criar répteis, ou melhor, cobras em casa. Ele possui oito jiboias (cobras não peçonhentas). Tudo começou aos 15 anos, quando ele participava de clubes de desbravadores e fez cursos de sobrevivência. “Comecei a estudar sobre esses répteis e aos 15 anos adquiri minha primeira cobra, uma cascavel que peguei no mato ainda filhote”, explica Ericson. Ele é casado e diz que a esposa e os amigos que o visitam não têm medo das cobras que até têm nomes: Leca, Charlene, Polaca, Chuck… Os animais vivem em terrários (semelhante a um aquário fechado, porém seco e que reproduz as condições ambientais da espécie) em um dos quartos de sua casa. O amor pelas cobras é tanto que Ericson decidiu abrir um criadouro que está em fase de licenciamento no Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Agradecimentos:
Revisão: Jackson Liasch – fone (43) 99944-4848 – e-mail: jackson.liasch@gmail.com
Lucas Costa Milanez: captação do vídeo da entrevista do médico-veterinário Marcos Shiozawa
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