Claudia Costa
A pele é o maior órgão do corpo humano, ela representa aproximadamente 20% da massa corpórea, sendo que 50% da pele é formada de água. “Precisamos hidratar a pele e isto significa ingerir água. O ideal é tomar um copo por hora e não ingerir um volume grande uma única vez”, explica a médica dermatologista Luisa Raizer Meneguel. Segundo ela, “o sol é o principal agressor dentre os hábitos de vida que as pessoas têm. O malefício que ele provoca para a pele é comparado ao que o cigarro causa no pulmão”, alerta.
No verão, aumentam os problemas de pele. Algumas doenças são causadas pela exposição direta ao sol; em outras, ele funciona como um gatilho para desencadear a doença.
O protetor solar é nossa principal arma para evitar os problemas. Ele deve ser usado diariamente até para proteger dos efeitos das lâmpadas e luzes como as emitidas pela tela do computador e pelo aparelho celular. “Quem não quer envelhecer precocemente e nem ter manchas na pele deve usar protetor solar diariamente”, salienta a médica dermatologista, salientando que o protetor deve ter, no mínimo, fator de proteção FPS30. O protetor fica sobre a pele, ele não é absorvido pelo corpo, por isso deve ser renovado sempre, porque com o suor ou na imersão na água ele acaba saindo.
Doenças
Melasma – São manchas escuras na pele, principalmente no rosto, sendo mais comuns nas mulheres. O problema tem três causas: genética, hormonal (uso de anticoncepcional, gravidez, reposição hormonal) e a exposição ao sol. É uma doença crônica. O controle do melasma é feito com o uso de cremes com alguns ácidos em sua composição e, portanto, devem ser usados somente com indicação de um médico, usando protetor solar e não se expor ao sol. Nos casos mais profundos, pode ser tratado com laser e até peeling.
Psoríase – São lesões avermelhadas e descamativas que aparecem em algumas regiões do corpo, como couro cabeludo, cotovelos, joelhos, dentre outras. É uma doença autoimune, portanto não contagiosa. São células de defesa do organismo que acabam atacando a pele. A pessoa tem predisposição ao problema. Sua causa é desconhecida, mas se sabe que pode estar relacionada ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética. O tratamento é feito com medicação tópica e, quando a lesão é mais extensa, com corticoides e imunomoduladores.
Vitiligo – Doença autoimune que é caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou à ausência de melanócitos (células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados. As causas da doença ainda não estão claramente estabelecidas, mas fenômenos autoimunes parecem estar associados ao vitiligo. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença. O tratamento depende do grau de acometimento da doença e envolve medicamentos tópicos e via oral.
Acne – É o nome dado a espinhas e cravos que surgem devido a um processo inflamatório das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos. Muito frequente na fase da adolescência, sem deixar de ser comum também em adultos, principalmente em mulheres.
Câncer de pele
Câncer de pele – Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos da doença no Brasil, sendo que a cada ano aparecem aproximadamente 180 mil casos. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. O tipo mais comum é o câncer de pele não melanoma, que tem letalidade baixa, porém seus números são muito altos. Existem três tipos de câncer de pele. São eles:
Carcinoma basocelular (CBC) – O mais prevalente dentre todos os tipos. Surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele). Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Os CBCs surgem mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Somente um médico especializado pode diagnosticar e prescrever a opção de tratamento mais indicada.
Carcinoma espinocelular (CEC) – Segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc. A pele nessas regiões, normalmente, apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade. Este tipo de câncer é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Assim como outros tipos de câncer da pele, a exposição excessiva ao sol é a principal causa do CEC, mas não a única. Alguns casos da doença estão associados a feridas crônicas e cicatrizes na pele, uso de drogas antirrejeição de órgãos transplantados e exposição a certos agentes químicos ou à radiação. Normalmente, os CECs têm coloração avermelhada e se apresentam na forma de machucados ou feridas espessos e descamativos, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. Eles podem ter aparência similar à das verrugas. Somente um médico especializado pode fazer o diagnóstico correto.
Melanoma – Tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença. O melanoma, em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, a “pinta” ou o “sinal”, em geral, mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem causar sangramento. Por isso, é importante observar a própria pele constantemente, e procurar imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer lesão suspeita. Essas lesões podem surgir em áreas difíceis de serem visualizadas pelo paciente, embora sejam mais comuns nas pernas, em mulheres; nos troncos, nos homens; e pescoço e rosto em ambos os sexos. Além disso, vale lembrar que uma lesão considerada “normal”, para um leigo, pode ser suspeita para um médico.
Pessoas de pele clara e que se queimam com facilidade quando se expõem ao sol, com fototipos I e II, têm mais risco de desenvolver a doença, que também pode manifestar-se em indivíduos negros ou de fototipos mais altos, ainda que mais raramente. Em estágios iniciais, o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Nos estágios mais avançados, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de se espalhar para outros órgãos (metástase) e diminui as possibilidades de cura. Por isso, o diagnóstico precoce do melanoma é fundamental. Embora apresente pior prognóstico, avanços na medicina e o recente entendimento das mutações genéticas que levam ao desenvolvimento dos melanomas possibilitaram que pessoas em estágio avançado hoje tenham aumento na sobrevida e na qualidade de vida.
A hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau.
Fontes:
Instituto Nacional do Câncer – INCA
https://www.inca.gov.br/
Sociedade Brasileira de Dermatologia
http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/cancer-da-pele/64/
Agradecimento:
Revisão: Jackson Liasch (fone (43) 99944-4848 – e-mail: jackson.liasch@gmail.com
Lucas Costa Milanez – captação e edição do vídeo
Cristiano Pessoa diz
Matéria muito esclarecedora. Uma amiga minha teve CBC diagnosticado precocemente e está totalmente curada.
Tie diz
Nossa eu nunca sabia disso mas um dia fiquei muito no sol merda porque fiz isso
Bélit diz
Amei seu site 🙂 Onde tem o formulário pra seguir kk
Claudia Costa diz
Boa tarde. Não temos formulário. Tem que acessar pelo endereço http://www.ideiadelas.com.br