Por Elisiê Peixoto
Desde o início da pandemia de covid-19, em março/2020, e como resultado do isolamento, boa parte dos brasileiros está em casa no maior tempo do dia, com o objetivo de conter a disseminação do vírus e se proteger. E aí que sobra tempo, não é mesmo? Mesmo estando trabalhando em home office – como muitos profissionais – ainda tem algumas horas ociosas que precisam ser preenchidas. As plataformas de streaming – Netflix, Amazon Prime Video, Globoplay, HBO Go, Telecine Play, entre outras – tornaram-se uma boa alternativa, tanto que o mercado cresceu, e os brasileiros – com outras opções de diversão fechadas – escolhem o melhor serviço, levando em conta preço, variedade da grade, recomendação de outros clientes. O Ideia Delas conversou com algumas pessoas que aderiram esse serviço e dão boas dicas de séries, aquelas que são assistidas mais de uma vez, com boas sinopses, histórias, roteiros, interpretação, direção, figurino… e que prendem a atenção. Deixam aquele “gostinho” de quero mais, sempre desejando o próximo capítulo. Vamos conferir algumas sugestões desses apaixonados por séries, Ana Luisa Diniz Cintra, Álvaro Rockenbach, Mônica Bastos, Thaisa Montosa, Kubo Carlos, Nilson Rímoli, Ronsangela Lopes Rivera e Fernando Tilles?
Bloodline
“Adoro Bloodline, acontece em Key West, Estados Unidos, lugar maravilhoso, uma série agradável de assistir. No início, a família que é super unida, mantém um relacionamento adorável entre filhos, noras, avós. Mas o tempo passa e a gente descobre que a vida, de uma forma ou de outra, leva as pessoas a guardarem algum segredo inimaginável. Só sei que indiquei pra muita gente. Eu detesto série comprida, foi a única que assisti. A trajetória do filme acabou indo para um lado maldoso, mas a intenção não era essa. Foi um acidente. Mas vale a pena assitir.” (Ana Luisa Diniz Cintra, diretora do Centro de Convenções Rebouças, mora em São Paulo)
Breaking Bad
“Breaking Bad”. Ao saber que tem câncer, um professor passa a fabricar metanfetamina pelo futuro da família, mudando o destino de todos. É uma série que você não consegue parar de assistir e tem tantos detalhes que você quer assistir mais de uma vez Excelente, super indico. ” (Álvaro Rockenbach, Videomaker, mora em Londrina)
The boy who harnessed the Wind
“Sempre gostei de ver filmes, especialmente em salas de cinema. Ainda está na minha memória afetiva o “cheiro” do Cine Augustos, nas matinadas de domingo, na minha infância, em Londrina, “Tom e Jerry” era o preferido! Era uma excitação aguardando o filme, uma alegria quando as luzes se apagavam e iluminava aquela tela enorme na nossa frente…era tudo fascinante! E continua sendo! Ainda gosto de assistir a filmes em salas de cinema, e sempre que posso vou a estreias aqui em Nova York. Eu não tenho um filme preferido, muitos marcaram a minha vida em épocas diferentes, seja pela música, atores ou pela sinopse, enredo. Entretanto, os hábitos mudaram com as facilidades que a televisão proporciona. E com essa pandemia,, acredito que ficamos ainda mais abertos às mudanças.”
“Após 23 anos de inauguração da Netflix, só agora resolvi assiná-la. Confesso que me surpreendi com a variedade de filmes. E antes de selecionar um título, gosto de ler para saber, ouvir alguma opinião. Embora, creio que um filme não precisa ser aclamado pela crítica. Recentemente assisti pela Netflix o drama britânico “The boy who harnessed the Wind” e adorei! Trata-se de um filme sensível e emocionante, baseado na história real de um menino de 13 anos que vive numa aldeia em Malauí, África. Contra todas as probabilidades, esse menino inventa uma maneira nada convencional de salvar da fome a sua família e a aldeia em que vive. O ator mirim é Maxwell Simba, simplesmente notável. É a estreia como diretor do renomado ator Chiwetel Ejipfor. Além de dirigir, também é um dos atores no filme. Eu recomendo, um filme maravilhoso que traz esperança.” (Mônica Bastos, mora em Nova York, toxicologista)
Emily in Paris
“Amei a série Emily in Paris, que acontece em Paris, e fala sobre influência digital, inclusive a minha área, pois tenho dois e-commerces, então achei muito interessante e real. Lily Collins está ótima como protagonista, a série foi filmada na França, com atores majoritariamente franceses e diverge opiniões dos apaixonados por moda, mas sem dúvida, foi bem comentada! Outra série que achei linda foi Anne with an E, uma série de época, super gostosa de assistir. Vale sempre ressaltar que a atriz Amybeth McNulty, está maravilhosa na atuação. ” (Thaisa Montosa, empresária do ramo de bijoux, mora em Belo Horizonte).
Anos Incríveis
“Anos Incríveis” foi a série que marcou para o artista plástico Carlos Kubo.
“Uma série de TV que marcou bastante (positivamente) foi “Anos Incríveis”. As estórias giravam em torno de um adolescente (Kevin), seus amigos e família. Ótima série, muito engraçada e caracterizada por um humor leve e inteligente. Durou seis temporadas na rede americana ABC, de 1988 a 1993, com 115 episódios, no Brasil fez enorme sucesso. Até hoje é lembrada e muitos críticos de televisão consideram a série um clássico, foi apontado pelo Guide como um dos 20 melhores programas da década de 1980. Depois, outros programas foram inspirados na série.” (Kubo Carlos, artista plástico, Londrina)
The Sinner
“Indico a série “The Sinner “, com Bill Pullman, um policial suspense muito interessante e que prende a atenção – já são três temporadas na Netflix, cada temporada tem uma nova história, é uma série de televisão americana de mistério, drama e crime, baseada no livro do mesmo nome pela escritora alemã de crime Petra Hammesfahr. A atriz Jessica Biel arrasou na primeira temporada! Vale a pena conferir porque é muito boa.” (Nilson Rímoli, empresário da Mondo Editora, Londrina)
Breaking Bad
“Não gosto muito das séries longas por causa do tempo que levo para ver, acabo deixando pela metade. Mas indico “Breaking Bad”. Eu não tinha lido nenhuma crítica ou sinopse sobre a série. Na “despretensão” comecei e fiquei em êxtase, era impossível piscar. Cada personagem tem uma grande importância do início ao fim. Cada temporada deixa você totalmente instigado para mais um clique para o próximo capítulo. E se deixar, vai noite adentro, assitindo. E dias seguidos, sem vontade de parar. O enredo conta a história de um professor de química, lindamente interpretado por Bryan Cranston (Walter White), mal pago, com uma mulher de quase 40 anos, um filho com paralisia cerebral. Ele descobre que tem câncer de pulmão. Para deixar a família com suporte financeiro, junta-se a um ex-estudante traficante e usuário de drogas, interpretado por Aaron Paul (Jesse), que dá um show de interpretação. Ele transformou sua van em um laboratório de metanfetamina. E assim a história vagueia ao longo dos caminhos que os vícios podem levar.”
“Muita gente que chegou à minha idade, sabe que lá atrás pode ter passado por alguma experiência com algum tipo de droga, não é mesmo? Eu perdi um amor para o vício. Eu vi amigo jovem perder o seu futuro por um crime envolvido com drogas. Eu vi famílias destruídas e fortunas queimadas para sustentarem o vício. Foram vidas interrompidas por um vício. Eu sou sobrevivente, grata e abençoada pela proteção de Deus, por nunca ter me colocado neste vício tão cruel que rouba as vidas. A minha dica é essa, não deixem de ver.” Breaking Bad”. (Rosangela Lopes Rivera, corretora, mora em Orlando/Florida/EUA)
The Ranch
” Acho que a série na televisão tem três fases distintas, iniciando nos anos 60 até meados dos 70, daí até os anos 2000 e posterior. Elas foram se renovando e mudando totalmente as suas abordagens. Iniciou com um movimento romântico e/ou divertido, trazendo leveza ao ambiente familiar, mantendo os bons costumes em toda a essência, sem abordagens que pudessem gerar debates. Neste primeiro período vemos séries de enorme sucesso. Como os “Waltons”, pouco visto no Brasil, “Bonanza”, “Daniel Boone”, entre outras, que traziam a luta da colonização americana ou do velho Oeste, depois vieram os contos em série como “Jeanine é um gênio” ou “A Feiticeira”. Os desenhos também começaram a ser explicados em séries neste período, deixando a imaginação se soltar com “The Pink Panther”, “Speedtest Racer”, desenho japonês que explodiu no mundo todo. Tinha o seu lado mais divulgado nos desenhos da Disney, que se tornaram populares no mundo, com Mickey, depois Pato Donald e por aí vai. E ainda os da Hanna Barbera Studios, com seus personagens Pepe Legal, Flintstones, Jetsons.”
Na segunda fase começam as séries policiais que se tornam a maioria como “Arquivo Confidencial”, “MacGyver”, “A Gata e o Rato”, “Casal 20” e “Hulk”. Nesta fase, o Brasil também começa a investir na área, pois as novelas predominavam, surge “Armação Ilimitada”, vista em larga escala. E aparecem no final do período, as séries que seriam então os Best Sellers das Sitcom, como Seinfeld, série mais vista nos USA, e Friends, a série mais vista no mundo. Abro parênteses para as séries de ficção que vive neste universo, desde o nascimento das séries nos anos 50, pois nunca saíram de moda, e aí vem “Buck Rogers”, “Jornada nas Estrelas”, “Terra de Gigantes”, “Túnel do Tempo”, “Perdidos no Espaço” (refilmado pela Amazon). E por aí vai até a recente Away, sobre uma expedição à Marte.”
Na terceira fase, já anos 2000, a diferença é que os conceitos antes baseados em uma sociedade familiar são jogados fora. E vem uma avalanche de informações e visões, invadindo sexualidade, drogas e crimes de todos os gêneros. Uma delas é a série de sucesso estrondoso “La Casa de Papel”, na qual o final revela que: “quem rouba pode se dar bem”. Assisti e achei muito interessante, mas fiquei na dúvida sobre a mensagem. Há também outras como “Lúcifer”, que exploram o lado oposto da santidade, e aí vem as séries com o lado oculto de bruxas e vampiros, que invadem as telas. Tem surgido uma ou outra coisa boa, como “The Ranch” , “Community”, mas são séries em escala, você assiste uma vez e dificilmente irá ver de novo. Dou um exemplo como “Friends”, para quem já assistiu e volta a rever pelos menos duas vezes. As séries antigas têm uma magia que as novas não conseguem alcançar, pois acho que no fundo, o conteúdo mais explosivo e invasivo – que nos agrada em um primeiro momento – nos faz pensar e depois cai no esquecimento! Enfim, trata-se de um tema para um livro, pois desde 1950 até os dias de hoje, tem muito coisa boa e ruim.” (Fernando Tilles, empresário, mora em Peruíbe/SP)
Ana Lucia diz
Adorei as dicas. Vou dar uma olhada em todas ….