Há um mês a empresária paranaense, Rosi Sabino, iniciou sua jornada de desafios rumo a Dublin, na Irlanda. A decisão de promover esta mudança foi motivada pelo desafio de intensificar o aprendizado da língua inglesa.
“ Muitas vezes adiamos os projetos pessoais, colocando em primeiro plano os compromissos familiares e profissionais. Com quase meio século de vida conclui que o tempo passa rápido demais. Considero que a vida é como um grande parque de diversões. Ao nascermos recebemos um passaporte com direito a usufruir desse vasto parque. Mas o passaporte tem um prazo definido, o qual não sabemos exatamente qual é. Cada um decide qual será a melhor maneira de aproveita-lo. Foi com essas reflexões em mente que resolvi deixar o conforto do meu lar junto com todas as coisas que representariam um porto seguro e partir para uma aventura de intercâmbio na Europa”, explica ela.
A Irlanda é o primeiro destino. Dentro de alguns meses ela irá para outros lugares na Europa. Quando chegou em Dublin, Rosi foi para uma moradia estudantil provisória. “Meu presente de Natal foi encontrar uma moradia fixa em uma região próxima à área central da cidade”, revela.
Dublin é uma metrópole com um milhão de habitantes. Portanto, sofre com a maior parte dos problemas que as grandes metrópoles sofrem. Há horários de pico, com congestionamentos em algumas partes da cidade, uma movimentação frenética de pessoas nas principais ruas comerciais. “ Quase me sinto em São Paulo, não fosse pelo frio europeu dessa época do ano”, diz Rosi.
A cidade é multicultural. É comum estar em um mercado e encontrar chineses, poloneses, romenos, russos, indianos, árabes e também muitos brasileiros. “Se quisermos encontrar o nosso famoso feijão carioca é só ir até um dos cinco mercados brasileiros, da mesma forma que é possível encontrar mercados especializados em outras nacionalidades”, explica Rosi Sabino.
O típico irlandês não vive nas regiões centrais da capital. Eles moram em bairros mais afastados e não precisam ir ao centro da cidade para obter comodidades. “Conheci algumas localidades mais afastadas, que são geralmente muito tranquilas. É como se existissem várias cidades dentro dessa grande cidade, pois cada bairro tem vida própria, com seus serviços de saúde, shopping center, vida noturna, escolas, transporte público e demais serviços”.
A cidade dos aplicativos
Segundo a empresária, um aspecto interessante da vida na inquietante Dublin é o uso de aplicativos para quase tudo. Por exemplo, para ajudar na mobilidade há pelo menos cinco aplicativos de celular, que facilitam a vida de quem utiliza transporte público. Todos os ônibus têm dois andares, aquecedor interno, wi fi e alguns pontos para recarregar a bateria de eletrônicos. Não há metrô, mas existem dois tipos de transporte por linha férrea: o Dart e o Luas. Ambos muito confortáveis. Muito comum o uso de bikes, assim como, também é muito comum as pessoas caminharem para se deslocar. Até porque, esses meios de transporte são caros, pelo menos em termos comparativos com o Brasil. “ Normalmente eu caminho de quatro a sete quilômetros por dia entre um deslocamento e outro. Quando saio de manhã para ir à escola, observo a concorrência dos ciclistas com os automóveis, da mesma forma, que as calçadas também ficam congestionadas de pessoas caminhando a passos largos para seus afazeres. Por isso, é usual as mulheres usarem uma roupa social para o trabalho e tênis. Parece estranho, mas é comum”, revela Rosi Sabino.
A empresária explica que estuda em uma escola internacional, assim como todas as demais escolas de línguas em Dublin. “Na minha turma tenho um colega brasileiro, dois árabes e uma vietnamita. Faço um serviço voluntário em uma loja da ordem dos Vicentinos, onde há jovem da lituânia e outra romena”, salienta ela, explicando sobre a grande diversidade de nacionalidades existente em Dublin.
Também é muito interessante observar o encontro entre o moderno e o medieval nas construções da cidade. As catedrais e igrejas, por exemplo, possuem características de construções medievais. Mas há um lado da cidade, onde ficam os escritórios de empresas globais como o Facebook, a Amazon, o Google, AirBnB e um ecossistema de startups de tecnologia apoiado por essas gigantes.
A Irlanda também é a terra de famosas cervejarias como a Guinness, Heineken e destilarias como a Jameson. Dublin é um destino escolhido por muitos por causa desses atrativos e uma intensa vida noturna, com seus inúmeros Pubs. O mais famoso deles é o Temple Bar, assim chamado em homenagem a William Temple, renomado professor, filósofo e deputado, que construiu sua residência com belos jardins justamente na área que hoje conhecemos como Temple Bar.
“ Ainda tenho muito a explorar nesta ilha, também conhecida como Ilha Esmeralda, por causa dos seus vastos campos verdes. A aventura continua e os desafios se apresentam todos os dias. Ainda quero explorar a jornada dos usuários no sistema de saúde, tendo em vista meu envolvimento com o ecossistema de empresas de tecnologia na área de saúde aí no Brasil. Quem sabe possamos ter aprendizados interessantes para aplicar no Brasil e vice-versa”, explica Rosi Sabino.
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