Projeto de exposição com acervo ampliado sobre a primeira hidrelétrica no percurso do rio Tietê (SP) e conteúdos culturais do Alto Tietê foi contemplado no Programa de Ação Cultural (ProAC)
Importante ponto turístico e ecológico do Alto Tietê, região que abriga as nascentes do rio Tietê (SP), o Museu da Energia de Salesópolis vai ampliar o seu conteúdo cultural e educacional aos visitantes no fim deste ano. Uma exposição de longa duração será inaugurada em setembro, quando o Museu terá revitalizado espaços internos e externos para ampliar ações que explorem os temas da energia, água, meio ambiente e história regional de forma lúdica e interativa.
“Somos um ecomuseu dentro de uma usina centenária, que utiliza todos os espaços para atividades culturais e educativas. O projeto de exposição de longa duração é a oportunidade de revitalizar áreas específicas do ecomuseu e, assim, gerar novos recursos. É, também, uma forma de direcionar o público a interagir com a história da energia de São Paulo, que se mescla com a de Salesópolis e região”, detalha Simone Villegas, coordenadora do Museu da Energia.
O projeto foi viabilizado com apoio do Programa de Ação Cultural (ProAC 33/2023) do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas.
Projeto
Entre as principais ações do projeto, está a atualização do Espaço Energia (sala expositiva com experimentos diversos). O projeto cultural prevê a atualização dos equipamentos e painéis expositivos que contam a história da usina hidrelétrica de Salesópolis, a primeira construída no percurso rio Tietê (1913) e que ainda fornece energia para a maior parte da cidade.
O Museu está dentro do território da usina – que também abriga o reservatório de água de Salesópolis – e recebe fluxos diários de turistas e visitantes em busca de conhecimento histórico, lazer e cultura.
Serão produzidos novos painéis expositivos para apresentar marcos significativos, como a fundação da vila de Salesópolis e sua elevação à categoria de cidade, além do surgimento da “Usina-Parque”, quando o equipamento ganhou importância histórica, ecológica e cultural ao longo do tempo.
Ainda no tema da energia, alguns experimentos de médio e grande porte instalados serão revitalizados. Também haverá espaço para a exibição de imagens e adereços de expressões culturais e festas locais.
Importância cultural
Além da relevância turística, o Museu da Energia de Salesópolis cumpre papel importante de disseminador da cultura e educação ambiental entre jovens, em uma região carente delas. Segundo o Índice Paulista de Responsabilidade Social (IRPS), Salesópolis está no grupo de municípios com nível baixo de riqueza, com escore de 28 para a média de 47 da região e de 44 do estado. Além disso, o IRPS de Salesópolis revela uma taxa municipal de analfabetismo de 9,18%, alta ante os 3,6% e 4,3% da região e estado, respectivamente.
Nesse contexto, o novo projeto expositivo ajuda a promover a educação e resgata os vínculos afetivos da população com a sua cultura e história. “Ele dá continuidade às nossas ações que atendem à comunidade local e do Alto Tietê, em especial as escolas públicas, ao fortalecer e recuperar os laços históricos da usina centenária com a região e instigando a troca de conhecimentos”, afirma a coordenadora.
“Com a exposição, haverá novo percurso e recursos gráficos e lúdicos no Museu, apresentando, em especial aos grupos escolares, o caminho da eletricidade e a história da usina e da cidade e cultura locais em roupagem renovada”, conclui Simone.
Sobre a Fundação Energia e Saneamento
Desde 1998, a Fundação Energia e Saneamento pesquisa, preserva e divulga o patrimônio histórico e cultural dos setores de energia e de saneamento ambiental. Atuando em várias regiões do estado de São Paulo por meio das unidades do Museu da Energia (São Paulo, Itu e Salesópolis), realiza ações culturais e educativas que reforçam conceitos de cidadania e incentivam o uso responsável de recursos naturais, trabalhando nos eixos de história, ciência, tecnologia e meio ambiente.
Site: http://www.museudaenergia.org.
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Texto: e foto: divulgação
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