Ganhador do Prêmio da Música Brasileira na categoria Cantor Revelação em sua última edição, o artista pernambucano Almério está lançando nas plataformas digitais o álbum Desempena VIVO, gravado no Teatro de Santa Isabel, no Recife.
O álbum, que reproduz o show na íntegra, captura a performance arrebatadora de Almério e sua banda na turnê de Desempena, que mistura influências e sonoridades que permeiam a trajetória do artista. Destaque da nova cena musical pernambucana, Almério começou cantando em bares de Caruaru e em montagens teatrais da cidade. A experiência como ator certamente contribuiu para o pleno domínio de palco do artista, agora registrado na gravação do espetáculo de 2018.
Ouça o álbum: https://orcd.co/desempenaaovivo
Ouça o clipe de “Sob seus pés” : https://www.youtube.com/watch?v=1oryJDU76sk
Desempena VIVO é uma produção da Atos Produções Artísticas, em parceria com o Canal Brasil, a Biscoito e o Fábrica Estúdios. A direção artística é de André Brasileiro e a direção musical de Juliano Holanda. Acompanham Almério os músicos Philipe Moreira Sales (flautas e pífanos), Eduardo Slap (baixo), Marconiel Rocha (percuteria) e Ana Paula Marinho (percussão).Depois de atravessarmos e nos deixarmos atravessar por tantas cidades brasileiras, tantos Festivais, uma turnê em Portugal, de termos chegado ao Prêmio da Música Brasileira, decidimos registrar o show “Desempena” como uma janela para um tempo primordial de minha carreira. Um show que foi ficando forte a cada apresentação, que abraça as pessoas e grita liberdades! Grita contra LGBTQFOBIA, contra preconceitos e desrespeitos. Mas também é um canto de amor e de saudade.
Pensando em desentortar as deformidades da alma humana, as violências diárias no automático que deixamos naturalizarem-se, como poluição sorona, visual, ambiental, truques, falsas notícias, lixo, ignorância, descasos, angústias, corrupção, racismo, misoginia, LGBTQfobia. Acabei passando por um processo de transformação artística que também me modificou por dentro, tomando consciência da importância de lançar esse projeto ao vivo que me desnuda enquanto arte, enquanto entrega, enquanto música.
Faixa a faixa de Desempena Vivo:
DESEMPENA (Almério)
Voz/Vinheta : Irandhir Santos
Música que dá nome ao disco, compus essa canção para um amigo que estava meio perdido, como uma mensagem, um alerta de que o tempo estava passando e ele precisava se reencontrar. Se a gente amplia a visão, vira um recado para a humanidade. Por isso ela abre o disco e show ao vivo.
TRÊMULA CARNE (Juliano Holanda)
Dá o pontapé inicial ao projeto, foi a primeira a trabalharmos, composta por Juliano Holanda. A canção nos chacoalha para a luta existencial e é uma das mais belas construções musicais do disco, em arranjo, letra e poesia.
LÁ VEM ELE (Isabela Moraes / Pablo Patriota)
Desilusão de amor, uma balada dançante romântica, amo cantá-la. Tem uma melodia de samba canção, fala de espera, de saudade e loucura.
DO AVESSO (Juliano Holanda)
Astraliza o show, deixa a alma leve, convida a gente a fazer uma faxina interna, transforma obstáculos em solução. No show ao vivo o público interage com as palmas, é lindo!
AINDA VIVO (Pedro Luís / Lucky Luciano)
Balada de amor que cai como uma luva nessa quarentena: “Estamos perdidos nessa estrada, mas eu ainda sigo, ainda amo, ainda vivo”. Música de Pedro Luís e Lucky Luciano, dois compositores que admiro e respeito.
NÃO NASCI PRO AMOR (Juliano Holanda / Martins)
A negação do amor, depois das dores causadas por uma relação: “Engoli uns pregos, rasguei cotovelos, provoquei dilúvios, arranquei cabelos” como fechar as portas do coração, na angústia de sofrer tudo de novo “eu não sou do amor, não nasci pra isso”. Música de Martins e Juliano Holanda, dois compositores que me falam alto ao coração.
MEU AMORZIM (PC Silva)
Música da saudade mais bonita, o vazio do final da tarde dos céus alaranjados no pôr do Sol do interior de Pernambuco. Saudade de alguém que não volta mais. No show a luz de Jathiles Miranda reproduz os alaranjados do compositor PC Silva.
MINHA CASA DE VOCÊ (Almério)
Essa é uma canção confessional, compus depois de uma relação tóxica e destrutiva. O desespero está impresso na letra da canção, música do disco homônimo, “Almério”, que decidimos resgatar para o show “Desempena vivo”.
SOB SEUS PÉS (Almério)
Essa canção nasceu na minha ida para o último ensaio da gravação do DVD. Um dia antes fui invadido por ela, que já veio pronta, os arranjos dançavam na minha cabeça, que Juliano Holanda, diretor musical do show, soube orquestrar brilhantemente.
ANDROGINISMO (Kledir Ramil)
Minha bandeira-canção como cantor gay cisgênero, para denunciar o preconceito, a homofobia e a violência contra nossa existência, a comunidade LGBTQI+, e levantar a questão do preconceito tão enraizado na nossa sociedade.
DE OLHAR PRA CIMA (Almério)
Protesto-canção que fala sobre desigualdade social, grupos de privilégios e grupos desprotegidos, em sua grande maioria expostos ao Sol causticante do cotidiano, enquanto outros grupos privilegiados desfrutam do Sol que exalta a decoração da sala de estar.
CHAMADO (Almério / Valdir Santos)
Fala do amor que não se desfaz com o tempo, sobrevivendo às intempéries. Uma parceria minha com o cantautor Valdir Santos, que no show ganha uma força extra com as percussões marcantes de Marconiel Rocha e Ana Paula Marinho.
TATTOO DE MELANCIA (Almério)
Ressalta o mundo virtual, a auto exposição desenfreada das sobrevidas na internet, a carência exacerbada e o descontrole emocional que leva as pessoas a buscarem chamar atenção a todo custo: um pedido de socorro.
SEGREDO (Isabela Moraes)
Daquelas canções que moram na boca do povo, virou um hino nos shows, e é responsável por um dos momentos mais bonitos e emocionantes do “Desempena vivo”. Uma canção de uma das mais potentes cantautoras do Brasil, Isabela Moraes. Me sinto responsável por gravar compositoras, é importante ressaltar o olhar da mulher sobre todas os aspectos no mundo.
QUERIA TER PRA TE DAR (Martins)
É a mais solar do show, aquela que o público já espera, super dançante, uma cantada a la Martins. No show ganha força no solo transcendental de pífano de Philipe Moreira Sales.
DIVINO, MARAVILHOSO (Caetano Veloso / Gilberto Gil)
É sempre uma honra cantar Caetano Veloso e Gilberto Gil, ainda mais uma canção revolução já interpretada e imortalizada por Gal Costa nos anos 60, que atravessa os tempos e consegue retratar ainda a situação atual política no Brasil.
POR QUE VOCÊ (Juliano Holanda)
Convida a outra pessoa a repensar questões políticas e existenciais, é responsável por finalizar o show, convidando o público a refletir sobre o que estamos fazendo das nossas vidas…
ALÉM-HOMEM (Almério)
Música de teor dramático, a única que toco no show, uma alfaia que faz uma analogia às batidas do coração descompassado por uma desilusão. Compus essa canção para um ex-amor.
SÃO JOÃO DO CARNEIRINHO (Almério)
Pra terminar o bis lá em cima, nada como trazer a explosão de um festejo junino pra incendiar os corações da plateia. É a nossa fogueira de São João, nosso arraial, nosso terreiro.
Texto: Divulga/Por Almério
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