Por Claudia Costa
“Supomos erroneamente que se o(a) nosso(a) parceiro(a) nos ama, ele(a) vai reagir e se comportar de certas maneiras – as maneiras que nós reagimos e nos comportamos quando amamos alguém.” John Gray, autor do livro Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus”
Desde que Adão comeu a maçã e descobriu os encantos de Eva, o relacionamento entre homens e mulheres tem passado por inúmeras fases e transformações. A mulher saiu de casa e foi para o mercado de trabalho e a cada dia assume ainda mais responsabilidades, sem falar que, infelizmente, até hoje ela necessita defender seus direitos. Já alguns homens deixaram aquela posição machista de lado e são mais participativos e colaboram com suas companheiras de vida. Os “paes”, como são conhecidos, já existem em número expressivo, para felicidade dos filhos e das mulheres que encontram no parceiro um companheiro de fato.
Entretanto, também existem aqueles homens que não acompanharam a evolução dos tempos e não sabem mais como agir. Alguns se escondem atrás de uma mulher ou até extrapolam, vivem explorando e vivem às custas de sua companheira.
Macho alfa em extinção
Aquele macho alfa/homem alfa, estabelecendo um paralelo com uma expressão usada no ramo da zoologia, indivíduo dominante e confiante que exerce uma função de liderança perante os outros elementos do grupo e que tem uma elevada capacidade de sedução e conquista, parece que está em extinção. Por outro lado, o macho beta (ou ômega) é visto como um homem não tão confiante, mais submisso, com menos capacidade de sedução.
Mas o que está acontecendo com os homens? O homem tem medo de uma mulher segura? As mulheres reclamam da nova postura de muitos homens que não assumem suas responsabilidades e não se doam para um relacionamento. Na maioria das vezes, o que elas querem e desejam é um amor, um homem que desperte nelas admiração e respeito, seja carinhoso, que tenha cumplicidade e sonhos em comum. A mulher não quer ser mãe de seu companheiro, por mais que ela seja protetora e uma pessoa muito amorosa.
“Porque eu te amo, tu não precisas de mim. Porque tu me amas, eu não preciso de ti, no amor, jamais nos deixamos completar. Somos, um para o outro, deliciosamente desnecessários. O amor é tanto, não quanto. Amar é enquanto, portanto. Ponto.”
Roberto Freire, autor de Ame e dê Vexame
Diferenças que se complementam
O escritor John Gray, no livro “Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus”, escreve: “Os homens esperam, equivocadamente, que as mulheres pensem, se comuniquem e reajam da maneira que os homens o fazem; as mulheres erroneamente esperam que os homens sintam, se comuniquem e respondam da maneira que as mulheres o fazem. Nós nos esquecemos de que homens e mulheres devem ser diferentes. Como resultado, nossos relacionamentos vivem permeados de conflitos e atritos desnecessários. Reconhecer e respeitar claramente essas diferenças reduz drasticamente a confusão ao lidarmos com o sexo oposto”.
Segundo a psicóloga Devanira Domingues Demarque, especialista com 41 anos de experiência em atendimento de casais, família e sexualidade, para analisar o papel do homem na sociedade deve-se levar em conta o contexto cultural e familiar. “Uma mãe superprotetora que protege demasiadamente seu filho acaba comprometendo o amadurecimento deste homem. Quando esse filho/homem constitui uma família, ele acha que a sua esposa vai agir com ele da mesma maneira que sua mãe fazia”, explica a psicóloga.
Segundo Devanira Domingues, muitas vezes os próprios maridos não entendem a insatisfação da esposa com esse papel que ele está exercendo, pois ela durante o casamento concordou por muito tempo. A esposa muitas vezes com suas atitudes, sem perceber, acabou reforçando o mesmo comportamento da mãe dele. “Quando as mulheres chegam ao consultório é porque não aguentam mais lidar com esse comportamento do seu homem/marido. A mulher tem uma condição emocional maior para lidar com o problema do que os homens”, explica ela, salientando que a própria mulher também tem uma grande dificuldade em falar para o seu companheiro o que ela espera dele.
A especialista em família fala da importância da educação que os pais dão para seus filhos e do modelo que esse filho vivencia no seu lar. “A educação do filho é fundamental. Ele aprende dos pais, principalmente, o que vê os pais fazendo e não o que eles dizem”, salienta ela.
**** Matéria produzida em janeiro de 2018
Agradecimentos:
Ilustração capa: Alecksey Willians
Revisão do Texto : Jackson Liasch
Mafalda diz
Excelente Claudia. A Devanira é ótima. Participou muito dos meus programas na TV. .
Fatima Dias Freitas diz
Gostei da matéria!
Elias S.E. Barboza diz
Olá Claudia ! Mais uma vez parabéns pela matéria. Excelente o tema escolhido.
👍👏👏
Claudia Costa diz
Obrigada Elias pelo apoio e e incentivo. Nosso objetivo é trabalhar temas que agreguem para a vida das pessoas.
Paula Dalberto diz
Sempre necessário falar sobre esse inesgotável assunto.
Lucia Helena Teixeira Nogueira diz
Parabéns, tema sempre atual e inesgotável
Tetéia Wilson diz
Excelente tema, uma mulher segura de si quer um companheiro no mesmo patamar que ela, um parceiro para dividir a vida, um gentleman.
Celso diz
Tema sempre muito atual.
VLADMIR Farias diz
“Uma mãe superprotetora que protege demasiadamente seu filho acaba comprometendo o amadurecimento deste homem… ” Que pode também ser o pai no caso. São excessos que acabamos cometendo e acaba prejudicando na vida adulta. O relacionamento homem/mulher continua em evolução.
Claudia, parabéns pela abordagem.
Claudia Costa diz
Obrigado Vladmir. abraços
Carlos Braga diz
Parabéns
Vocês sempre tem temas atuais.